Os citadinos da capital exigem à Câmara Municipal de Bissau (CMB), no sentido de reforçar meios materiais e humanos para garantir celeridade na limpeza da cidade, enquanto a edilidade camarária pede à colaboração da população no tratamento do lixo, prometendo que até finais de dezembro os serviços de saneamento vão aumentar a sua capacidade de resposta.
Sobre esse assunto, o Nô Pintcha ouviu a preocupação dos cidadãos e registou, por outro lado, o argumento dos Serviços de Saneamento da CMB, relativo às dificuldades que a instituição tem na execução de atividades de limpeza da cidade.
O diretor dos Serviços de Saneamento, Omená Abinande Ferreira, revelou que neste momento a CMB tem apenas três camiões para a remoção de uma quantidade 700 toneladas de lixo produzida diariamente na cidade capital.
Aquele responsável de saneamento básico da cidade de Bissau disse que os três camiões disponíveis neste momento têm apenas a capacidade de remover cerca de 300 toneladas de resíduos.
Abinande Ferreira confessou haver enormes dificuldades, sobretudo de ordem material.
“Neste momento não temos nenhum porta-contentor de lixo em funcionamento, razão pela qual vê-se montes de despejos nas ruas a espera da CMB para sua remoção”. Assim, exortou à colaboração da população em matéria de tratamento do lixo.
Tratamento de lixo
Omená Ferreira pediu à colaboração da população no tratamento do lixo. No entanto, afirmou que a maior parte do volume de resíduos expostos na via pública poderia ter sido incinerada num cantinho de casa de cada morador, por exemplo, cartolinas, palhas e retalhos de roupa, podendo o resto ser exposto nas localidades de fácil acesso.
Acrescentou que nos últimos anos, a nível da capital, a CMB tem enfrentado enormes dificuldades de garantir a limpeza das vias públicas, e mesmo remover os resíduos concentrados nas localidades de fácil acesso tem sido um problema para a instituição.
Para Armando Gomes, cidadão comum, o governo deve investir seriamente na Câmara Municipal de Bissau, dotando-lhe de meios necessários para o cumprimento cabal da sua tarefa. Por outro lado, acrescentou, o Executivo deve envolver os militares nas ações de remoção do lixo enquanto funcionários públicos de fraca produtividade.
Por seu lado, Domingas Lona Embana afirmou que a CMB gere muito dinheiro, proveniente das diferentes cobranças, mas os fundos não têm sido aplicados de forma justa.
“A resolução da problemática do lixo só será possível quando forem realizadas eleições autárquicas, o que vai permitir a competitividade e maior eficiência nos trabalhos”, referiu.
Para a cidadã Maimuna Sanhá, se não for encontrada solução urgente às dificuldades da CMB, a capital corre risco de ser inundada de lixo, e a luta contra a malária será um fracasso.
Aliu Baldé