A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) mantiveram ontem, dia 4 de março, um encontro com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a pedido do Chefe de Estado, a fim de se inteirar dos reais motivos da onda de greves na Função Pública, que já vai na nona série de três dias por semana.
Após a saída do encontro com o primeiro magistrado da Nação, o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné afirmou que as duas centrais sindicais explicaram a Sissoco Embaló o que motivou os trabalhadores a recorrerem à greve, que é o último recurso que a lei atribui aos servidores públicos do país, num momento em que estão a ser marginalizados pelo patronato.
De acordo com Júlio Mendonça, independentemente do ponto de situação apresentado ao Presidente da República, também entregamos documento respeitante ao memorando de entendimento rubricado com o Executivo que não estava a ser cumprido por parte do patronato. Simultaneamente entregámos uma cópia de um novo pré-aviso de greve para próxima semana.
Relativamente a resposta do Presidente da República, Mendonça assegurou que o Chefe de Estado mostrou-se preocupado com a situação e prometeu que brevemente vai diligenciar junto do Governo, para pôr cobre deste diferendo entre os trabalhadores com o patronato.
“Neste momento a greve está em curso e vamos continuar com esta firmeza, até que a nossa situação seja atendida, só que não temos ainda a negociação com este novo Executivo, para discutir e chegar num entendimento que vai ser cumprido na sua íntegra”, disse Júlio Mendonça.
De lembrar que as partes assinaram um memorando de entendimento desde o passado dia 28 de agosto de 2019
De salientar que as duas centrais sindicais da Guiné-Bissau, reivindicaram o reforço da política de protecionismo laboral no país, aprovação do Estatuto de Conselho Permanente de Concertação Social e a criação da sua sede, harmonização da tabela salarial na administração direta/indireta e institucionalização do salário mínimo no valor de 100 mil francos CFA aos servidores públicos e entre outras exigências.
Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges