Chefe de Estado quer combater greve na Função Pública

A convite do Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, para presidir à reunião do Conselho de Ministros, Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, assegurou que já tem remédio na mão para combater a greve na administração pública.

À saída daquela reunião, o Chefe do Estado disse que numa das conversas que teve com os sindicatos, garantiu aos mesmos que o método de acabar com as paralisações na administração é a adoção da estratégia de “dinheiro de Estado no cofre de Estado”.

Na sua ótica, não é possível continuar com a política de esbanjar o erário público de forma anárquica, tal como tem sido nestes últimos tempos no país, portanto, prometeu que esta prática vai acabar de vez.

Segundo Presidente da República, pagar salário não é um favor que o governo faz aos funcionários, mas sim uma obrigação.

Informou que deu orientações ao Governo liderado por Nuno Nabiam para acionar mecanismos junto das centras sindicais para o levantamento da greve na Função Pública o mais rápido possível, a fim de permitir a reabertura das aulas.

“Neste momento, a ministra da Função Pública, o secretário de Estado do Tesouro e um dos meus conselheiros já estão a ter reuniões com as duas centras sindicais para analisar os pontos que estão no caderno reivindicativo, como forma de ultrapassar de uma vez por todas as greves naquele sector do Estado. Com isso posso garantir que jamais haverá paralisação na Função Pública”, asseverou.

Ao explicar as razões de presidir à reunião do Conselho de Ministros, o primeiro magistrado da Nação disse que foi a convite do chefe de executivo e que, portanto, a mensagem que deixou foi de solidariedade e de encorajamento.

Plenário governamental presidido pelo Presidente da República

No encontro não só deixou aquelas mensagens, mas pediu ao Governo no sentido de criar uma equipa que vá trabalhar na reforma da Constituição que tem sido o grande problema para o país.

Em relação ao coronavírus, disse que já foram tomadas diligências necessárias para o efeito e que, no capítulo da reforma do setor da defesa e segurança, que ele e Nuno Nabiam têm condições para proceder a essa reforma. 

Em relação ás reações vindas de alguns quadrantes da comunidade internacional, principalmente de eurodeputados que consideram a atual situação de um golpe de Estado na Guiné-Bissau e que pedem sanções aos seus autores, Umaro Embaló disse que a posição assumida por aqueles deputados não lhe aquece e nem lhe arrefece. “Não fazemos parte da União Europeia, de modo que estou tranquilo.” Disse também que os deputados da Guiné podem escrever ao comissário político da União Africana pedindo sanções a qualquer membro da União Europeia.

Deixou a garantia de que a situação está calma e que não há qualquer movimentação de militares, tal como alguns órgãos de comunicação social internacional veiculam. Portanto, o Governo veio para garantir a paz, tranquilidade e sucesso.

Alfredo Saminanco

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