Chefe de Estado instrui criação de comissão para reformas no setor de Segurança

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, deu instruções ao ministro do Interior e Ordem Pública no sentido de criar uma comissão que vai encarregar-se de organizar o processo de reforma no setor de Segurança.

Na visita efetuada ao Ministério do Interior, hoje, dia 5, o Chefe de Estado afirmou que o país, apesar de ser económica e financeiramente fraco tem mais oficiais do que a Nigéria, Angola e Egito, detentores de condições económicas e financeiras muito superiores às da Guiné-Bissau.

Sissoco Embaló mostrou-se inconformado com a forma como foram atribuídas as patentes sem respeito pela carreira, e o mais grave, muitas promoções nem sequer foram tidas da disponibilidade orçamental.

Embaló confessou que chegou a estar “chateado” com um fardado que queria promoção a uma certa categoria mesmo continuando a receber o seu salário na patente anterior. Disse que aceitou e promoveu-o, mas dois meses depois a mesma pessoa começou a exigir que lhe seja pago na nova categoria a que foi promovido ultimamente.

O Comandante Supremo das Forças Armadas convidou os oficias a aceitarem ir à reforma, porque há necessidade de imprimir o que chamou de “nova dinâmica” nas estruturas dos setores da Defesa e Segurança para melhor estarem à altura dos desafios contemporâneos.

Pela vontade de ver respeitadas as orientações dadas para o processo de reformas, Sissoco Embaló sublinhou que obediência ao chefe não é sinónimo de cobardia e nem significa “bari pádja”, mas sim é uma regra e princípio universal, arescentando: “respeitem porque há-de-chegar a vez de cada um querer esse mesmo respeito”.

Legado a deixar

O Chefe de Estado disse que quando sair da Presidência da República nunca mais terá intenção de regressar a esta função e muito menos pensar a desempenhar um outro cargo, porque, hierarquicamente já atingiu o mais alto posto.

Mas antes de sair do cargo que agora exerce, Umaro Sissoco Embaló disse que um dos legados que pretende deixar é terminar a sua magistratura duma forma pacífica que lhe permita fazer uma passagem de testemunha ao seu sucessor nunca antes visto na história dos presidentes da República que passaram.

Aliu Baldé

About The Author