O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, procedeu no dia 1 de julho à graduação de quatro coronéis ao posto de brigadeiros-generais.
As promoções acontecem sob proposta do Governo, através do ministro da Defesa Nacional, com base na aprovação do Conselho Superior Militar, tendo sido nomeados a brigadeiros-generais os seguintes oficiais: Sado Sissé, Luís Goncalves Sanhá, Domingos António Sigá e Quintino Quadé.
Dos quatro promovidos apenas o brigadeiro- general, Luís Gonçalves Sanhá, não esteve presente na cerimónia devido ao seu estado de saúde.
Outrossim, o Chefe de Estado anunciou que irá encarregar o chefe dos militares guineenses, Biaguê Na N´tam, a missão de fazê-lo em seu nome assim que este recuperar da doença.
Na ocasião, o Presidente da República destacou que, tanto a comunidade internacional como o povo da Guiné-Bissau estão a experimentar “uma conduta ímpar das Forças Armadas”, que tão bem estão a contribuir para a estabilidade e a paz reinantes no país. Contudo, frisou que esse esforço requer ainda mais e maior responsabilidade, porque chegou-se hoje à conclusão que o foco da instabilidade política, económica e social no país não são os militares, mas sim os civis.
“É um resultado inédito que, se calhar, muitos não têm a noção do seu impacto a nível internacional. Hoje, quando falamos das nossas forças armadas no contexto externo, a comunidade internacional aconselha-nos a pedir desculpas aos nossos militares e paramilitares. Portanto, estão de parabéns!
Embaló distinguiu o desempenho da engenharia militar guineense na recuperação de algumas infraestruturas militares e lançou, por isso, um desafio ao chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Biaguê Na N’tam, a reabilitar o desporto militar, porque “em tempos de paz o militar é parte integrante da sociedade”.
Quero ver a minha antiga equipa, as FARP, na primeira divisão do desporto nacional. Acredito que em breve teremos umas força armadas ímpares a nível da nossa sub-região”, assegurou.
O Presidente da República anunciou que vai acolher favoravelmente a proposta dos militares no que concerne ao processo de reforma nos setores da defesa e segurança, tendo assegurado que podem contar com o apoio do governo, porque “os militares não podem ser vistos como uma ameaça, mas sim como parte da solução”.
Lembrou que a atribuição das novas insígnias aos oficiais generais do Exército e da Guarda Nacional foi decidida na última reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional presidida pelo próprio no passado dia 24 de junho último.
Por: Adelina Pereira de Barros