Chefe de Estado declara tolerância zero a corrupção

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirma que não haverá imunidade nem privilégios para corruptos, tendo manifestado a solidariedade total e incondicional para com os magistrados do Ministério Público.

A determinação do Chefe de Estado foi no seu discurso hoje, dia 9 de dezembro, durante a cerimónia do lançamento da campanha nacional de luta contra a corrupção realizada no espaço verde de Bairro d’Ajuda, que se enquadra nas atividades da comemoração do Dia Internacional de Luta contra a Corrupção.

Sissoco Embaló disse que a corrupção é algo mais violento numa sociedade. “Quando tomamos uma coisa que é de todos, é corrupção é pior do que coronavírus e a cólera”.

O Presidente da República disse que a Guiné-Bissau é o único país do mundo em que alguém pode tomar dinheiro público sem que seja responsabilizado, mas garante que, enquanto Presidente, não vai admitir este comportamento, portanto, ninguém estará acima da lei.

Na mesma ocasião, falou de existência de pessoas que não trabalham nem sequer jogam no Barcelona, mas dispõem de casas e carros de gamas, acrescentando que essas pessoas têm os seus vícios, mas têm que saber como sustentá-los, porque ele (Presidente) sustenta os seus mas não através dos cofres do Estado.

O Chefe de Estado assegurou que não se pode pretender dirigir o Estado, sem respeitar às leis da República. “Se combatermos a corrupção, vamos conseguir ter bons hospitais, médicos, escolas, boas estradas”, referiu.

Para o Procurador-Geral da República, Bacar Biai, a corrupção de funcionários públicos constituí um grande obstáculo à capacidade do governo em satisfazer às necessidades fundamentais dos cidadãos, acrescentando que a erradicação da corrupção se tornou essencial para atingir metas, como os objetivos de desenvolvimento do milénio estabelecidos pelas Nações Unidas.

Biai assegurou que o combate à corrupção pode-se realizar de forma preventiva ou repressiva, sendo esta preferencialmente adotada pelo Ministério Público guineense, embora nem sempre seja a mais eficaz.

Alfredo Saminanco

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