A Escola Profissional Ponte da Vida, em parceria com a ONG West África vocacionada nas escolas (WAVS), abriu as suas portas oficialmente em Bissau, no Bairro de Antula Takir, com o objetivo de proporcionar aos jovens, mulheres e homens, competências profissionais que podem mudar as suas vidas e que os mesmos possam transformar as suas comunidades.
O referido centro foi financiado pelo governo japonês, no âmbito da assistência aos projetos locais, contribuindo assim para a segurança humana e vai administrar cursos nas áreas da informática, serrilharia e línguas estrangeiras (Francês e Inglês), com temas de grandes impactos socioeconómicos.
No ato da inauguração, a diretora da Escola Profissional da África Ocidental lembrou que o projeto foi iniciado no princípio de 2000 na Guiné-Bissau, onde abriu o primeira escola em Canchungo, em 2006, Gabu em 2019 e já em Bissau, de forma experimental, começou a treinar mais de duzentos alunos, em abril de 2022.
Sloan Honter Galbraith Vaz explicou que esse projeto engloba várias instituições do Estado, como do Ministério da Educação e a Câmara Municipal de Bissau, assim também do Governo de Japão.
Por seu turno, o embaixador do Japão na Guiné-Bissau afirmou que a Escola Profissional da África Ocidental WAVS, beneficiária do projeto, recebeu uma subvenção de cerca de 70 mil euros, cerca de 46 milhões de francos CFA, para construir uma escola profissional em Bissau com o objetivo de proporcionar competências profissionais práticas aos jovens, em diferentes áreas como soldadura, línguas inglesa, francesa, e noções básicas de informática.
Izawa Osamu afirmou que o seu país acredita que os recursos humanos são ferramentas básicas para o desenvolvimento.
“Na verdade, o Japão não tem recursos naturais, minerais ou energéticos para explorar, mas deu alta prioridade à educação e à formação técnica e profissional para implementar a sua estratégia nacional de industrialização. Esta opção permitiu a sua entrada na lista dos países mais desenvolvidos”, disse o diplomata.
Osamu assegurou que está muito satisfeito por ver a conclusão deste projeto, que aborda uma das áreas-chave da segurança humana. “Quero parabenizar e agradecer aos membros do WAVS, que não pouparam esforços para a boa execução do projeto”, concluiu.
O diretor-geral de Instituto Nacional da Formação Técnica e Profissional (Inafor) afirmou que a concretização deste projeto é o resultado das prioridades conferidas pelo Governo nas suas políticas setoriais.
Didier Fernandes de Pina Araújo enalteceu a “inestimável contribuição” prestada pela equipa técnica do Inafor e manifestar o meu reconhecimento pelo excelente trabalho e pela assistência que a entidade vem realizando no ramo da formação técnica e profissional, tema de excecional relevância e oportunidade.
Fernandes de Pina Araújo disse que o centro representa o esforço de muitos profissionais e entidades envolvidas neste projeto, e demonstra que, havendo disposição e vontade política, sempre é possível, mesmo em épocas de dificuldades financeiras e económicas, realizarem-se elevado conteúdo socioeconómico e humano.
Fulgêncio Mendes Borges