Candidatos da APU-PDGB no CE-20 pedem voto em massa

Os candidatos a deputado da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) realizaram ontem, dia 24, na povoação de Jolmet, Setor de Canchungo, um comício popular, no qual pediram aos potenciais eleitores a votarem em massa na sua formação política.

A comitiva dos apuanos foi conduzida pelo presidente em exercício e diretor nacional de campanha daquela formação política, Augusto Gomes, integrando a candidata Milanca da Costa e dois candidatos, designadamente Hélder Gomes e Gloriano Nhaga.

No comício, que decorreu até noite dentro e que juntou muitos militantes vestidos de camisolas com cores do partido, os candidatos desse círculo(setores de Canchungo, Caio e Calequisse), em uníssono, prometeram doar uma ambulância para o centro de saúde local, no sentido de minimizar as dificuldades com que se deparam as populações daquela zona nortenha.

O cabeça de lista para o cículo-20, Augusto Gomes, disse que a APU-PDGB é um partido de paz, de unidade, de estabilidade, conceitos esses que fazem o desenvolvimento. Para ele, ninguém consegue trabalhar se não tiver esses valores.

“APU-PDGB foi criado para desenvolver a Guiné-Bissau”, disse o político, tendo acrescentado mais em frente que essa formação política tem a missão de unir os guineenses.

Augusto Gomes explicou no comício que o partido em causa foi criado por Koumba Yalá que o entregou ao Nuno Gomes Nabiam para se ocupar do desenvolvimento do país na base da paz e da estabilidade, para diminuir o sofrimento do povo guineense.

Segundo ele, o partido é constituído por guineenses residentes no campo e trabalhadores que vivem na cidade para fazer o povo beneficiar-se de escolas, de saúde, em suma, do desenvolvimento em geral.

“Existem partidos que só pensam em “boleias”, com a ideia de que os resultados da governação ficam na praça, por isso, temos dificuldades em fazer desenvolver o país. Isto implica que temos que unir as pessoas, tanto residentes no campo, como as da cidade”, referiu o presidente em exercício e diretor nacional da campanha da APU-PDGB.

Na sua intervenção, Augusto Gomes mostrou que na Guiné-Bissau “devemos estar mais unidos para enfrentarmos os desafios do desenvolvimento, o que deve ser feito na base da paz e do bom entendimento”.

O político sublinhou que cada grupo étnico da Guiné-Bissau (pepel, balanta, fula, manjaco, mandinga, nalu, sosso, beafada, etc. etc.) tem o seu espaço, assim como os cidadãos estrangeiros.

Na sua alocução, Augusto Gomes trouxe à tona de que APU-PDGB saltou para a governação a partir das eleições legislativas de 2019, com cinco deputados na Assembleia Nacional Popular, tendo-se aliado com algumas formações políticas para a estabilidade governativa.

“O atual governo, liderado por Nuno Gomes Nabiam, é o que mais tardou na governação nos últimos 30 anos, porque o seu chefe aceitou coabitar-se e trabalhar com o seu irmão, o Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, para garantir a estabilidade política”, referiu.

Campanha de caju

Augusto Gomes criticou o comportamento das pessoas que queiram empurrar o atual Primeiro-ministro para entrar em conflito com o seu irmão, o Presidente Embaló, facto que eles, felizmente, não conseguiram, porque o próprio Nuno Nabiam assumiu uma postura diferente.

Gomes avisou que as pessoas têm que saber assumir as suas responsabilidades, para os guineenses souberem trabalhar na diferença, mas unidos com o objetivo de desenvolver o país.

Em relação à campanha de caju, o presidente em exercício da APU-PDGB considera de mentira, dizer que o Nuno Nabiam é quem está a dificultar a sua comercialização. Ele fez lembrar as dificuldades que assolaram o mundo, em decorrência da pandemia de COVID-19 e da guerra da Ucrânia, que ditaram crises económicas que afetaram toda a humanidade em geral e a classe empresarial, em particular. Augusto Gomes esclareceu que os empresários nacionais que venderam a sua castanha no ano passado não receberam até hoje o seu dinheiro, razão porque a campanha de 2023 ficou até aqui “congelada”.

“Os empresários estrangeiros têm suspeitas de virem investir no país, por causa da instabilidade política que temos. Eles preferem países que querem a paz e têm a estabilidade política”. Por essa razão, o político pediu voto de confiança no dia 4 de junho próximo, para o seu partido formar o novo governo e, consequentemente, resolver os problemas da população.

Por seu turno, a candidata Milanca da Costa, que se sente como natural de Jolmet, prometeu que caso forem eleitos no dia 4 de junho, a população do círculo-20 sentirá que os seus deputados estão junto dela, querendo com isso dizer que os novos deputados darão os apoios possíveis, inclusive oferecerão uma ambulância ao centro de saúde de Jolmet e outras localidades dos setores de Canchungo, Caio e Calequisse.

A candidata pediu o voto em massa para APU-PDGB. “Não viemos aqui para vos enganar, queremos que vocês pensem no país para juntos o mudarmos de rumo. Não aceitem ser enganados por uma moto, por um carro ou mil francos. Pensem nos vossos filhos que precisam de ter um futuro melhor”.

Por sua vez, o candidato Gloriano Nhaga elencou, entretanto, algumas realizações que os “apuanos” realizaram na secção de Jolmet, dentre as quais a aquisição de carteiras para a escola da tabanca de Cassical, apoio ao centro de saúde com detergentes no tempo da covid-19 e demais outras ações.

Bacar Baldé

About The Author

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *