Bambadinca volta a iluminar em breve

“Se tudo correr como previsto, dentro de 15 dias a eletricidade pode voltar à cidade de Bambadinca com normalidade”, a afirmação é do diretor Administrativo e Financeiro da Empresa Bambadinca Sta Claro.

Numa reportagem conduzida à central elétrica de Bambadinca, Rispito Cufade explicou que a central paralisou-se há quase um ano devido ao conflito interno entre os membros da antiga direção da associação encarregue da gestão da empresa, que terminou no cancelamento anónimo da conta da empresa.

Rispito Cufade defendeu que o problema entre duas pessoas não pode e nem deve ser transferido à comunidade, prejudicando toda gente e comprometendo, de que maneira, o processo de desenvolvimento local.

“O que estamos a fazer é um trabalho lento, mas seguro, aconselhado, com vista a retomar o fornecimento normal da eletricidade aos citadinos de Bambadinca”, garantiu o diretor Administrativo e Financeiro da empresa Bambadinca Sta Claro.

Rispito Cufade justificou que a atual direção da associação responsável pela gestão da empresa já entregou todas as documentações exigidas pelo banco e agora estão a aguardar a resposta. Disse esperar que a verdade seja reposta, administrativamente, com vista a retribuir a comunidade o direito de acesso a energia.

Quanto aos trabalhos preliminares, Cufade disse que tecnicamente tudo está operacional, porque tiveram apoios financeiros de algumas personalidades que permitiram a recuperação de postes e cabos danificados ao longo da paragem da central.

Em relação aos grupos geradores avariados, também fizeram um levantamento exaustivo das necessidades e das faturas pró-formas que submeteram ao Ministério Público para, em caso de abertura da conta, possam, sem demora, adquirir peças para, num prazo recorde, retomar o fornecimento normal da energia à Cidade de Bambadinca, paralisado há quase um ano.

Lembrou que a paralisação da central afetou também a distribuição de água canalizada, com a avaria forçada da eletrobomba, filtros e entre outros equipamentos. Aliás, a estação precisa de uma reabilitação profunda, pois, o que deve ser a preocupação, neste momento, é tirar a empresa falência e não guerrinhas sem vantagem alguma.

Cancelamento anónimo

“A empresa foi a falência, mas dispõe de 45 milhões de francos CFA na sua conta cancelada no banco, sem se saber por quem”, lamentou Cufade.

Questionado sobre a responsabilidade da situação, Cufade afirmou que é da antiga direção, devido ao conflito interno entre os membros da direcção anterior. O certo é que  o próprio banco confirmou o cancelamento da conta, mas sem nenhum mandado expresso para tal. Por isso, o Ministério Público ordenou ao banco para proceder a mudança das assinaturas da referida conta, visto que existe uma nova direcção legitimada.

Acrescentou que o Ministério Público deu ordens ao banco para, num prazo legal, autorizar a movimentação da conta pela atual direção, sem nenhum prejuízo, tendo em conta que o próprio afirmou que não tem na sua posse nenhum documento sobre quem mandou cancelar a conta da empresa. Nesta ordem de ideia, a associação pondera avançar com queixa-crime contra o banco sobre prejuízos causados à empresa e à comunidade durante a paralisação..

Falta de solidariedade

Em relação ao apoio e colaboração na busca de solução do problema, o jovem afirmou que não receberam nenhum apoio da parte da administração local e muito menos solidariedade, conhecendo o problema, mas preferiu remeter-se ao silêncio, esquecendo que uma das razões da sua nomeação é o facto de existir àquela comunidade, embora destacou pequenos apoios da parte de certas personalidades que permitiram a recuperação de cabos elétricos e postes.

No que concerne à data da retoma do funcionamento da central, caso o banco desbloquear a conta, Rispito Cufade foi cauteloso em afirmar que é difícil indicar uma data exata, tendo em conta que a central parou de funcionar por um bom tempo, pelo que só os técnicos poderão garantir o tempo necessário para a sua reentrada em função.

Finalmente, apelou ao Presidente da República no sentido de dar uma atenção especial ao Setor de Bambadinca que tanto precisa, sobretudo na melhoria de condições de vida da população, porque, na sua opinião, o setor deve merecer uma atenção do Governo central por se situar no centro do país.

Por sua vez, o régulo de Badora disse que, enquanto autoridade tradicional fez tudo que está ao seu alcance para encontrar a solução e evitar o agravamento da situação, mas foi impossível devido à falta de colaboração de certas pessoas envolvidas no processo e partes interessantes.

Drama Sanhã explicou que, graças ao apoio de algumas pessoas de boa vontade, conseguiram recuperar alguns postes e cabos de alta tenção, aguardando agora a abertura da conta para a plena retoma do fornecimento da central.

O régulo afirmou que os bons ofícios do Chefe de Estado são fundamentais na resolução do conflito que condiciona o fornecimento da água e eletricidade aos populares do Setor de Bambadinca. Igualmente, Drama Sanhã apelou ao Governo central no sentido de dar atenção a Bambadinca, devido à sua localização estratégica, importância agrícola e comercial, Acrescentou que cidades desta natureza são vulneráveis às ameaças, sobretudo de índole social.

Seco Baldé Vieira

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