Ateliê covid-19:Reforço de capacidades sobre pandemia O Sindicato Nacional dos Professores

(Sinaprof) em parceria com o Ministério da Saúde Pública e através do Alto Comissariado para Covid-19, promoveu durante os dias 13 e 14 de agosto uma ação de formação sobre coronavírus, para reforçar as capacidades das diferentes estruturas sindicais em todo o território nacional, sob o lema: Covid-19 ausente das escolas públicas para um ensino seguro e de qualidade.

Em representação do ministro da Educação Nacional e Investigação Científica esteve o inspetor-geral Mamadu Banjai, que disse que o Ministério tem no seu plano de ação objetivos bem definidos mas que, infelizmente, esses objetivos estão ameaçados pois, para além das sucessivas greves que outrora ocorreram, agora está a enfrentar a pandemia da covid-19.
Banjai frisou que é obrigatório elaborar um novo plano de contingência a fim de permitir que os objetivos traçados no seu plano de ação sejam efetivamente cumpridos.

O dever da educação é, pois, desenvolver nos alunos atitudes, hábitos, qualidades de carácter, sentido da ordem, amor pelo trabalho, sinceridade, cortesia e moral, valores mais importantes na vida do que a instrução fragmentária que têm de ensinar.

A escola destaca o valor da inteligência e do engenho em detrimento da consciência e do coração, quando a ação e a influência do professor deveriam ser, para cada aluno, uma ajuda efetiva no cumprimento dos seus deveres na escola, na família, no exterior, um meio para melhor se conhecer um apoio para corrigir os seus defeitos e para adquirir consciência da responsabilidade daquilo que quer ser.
Mamadu Banjai apelou a uma mudança radical e estrutural na forma de pensar e agir enquanto professores, educadores e referências sociais.

A atual liderança do ministério baseia-se em dois grandes objetivos principais: a pacificação do setor e a sua organização. Nesta primeira, as grandes decisões foram tomadas com a participação de todos os parceiros internos do ministério, baseada na inclusão, na transparência e no diálogo permanente.

ERM nome da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB), Malam Li afirmou que associação solidarizou-se com o Sinaprof na sua luta em defesa dos direitos e interesses dos seus associados e, também, no combate à covid-19, iniciativa que vai servir de exemplo a outras organizações sindicais do país.

Li disse estar certo de que esta ação de formação de dois dias destinada aos professores irá dotá-los de ferramentas necessárias face à prevenção e luta contra a pandemia Covid-19.

Malam Li garantiu aos dirigentes do Sinaprof total apoio na sua luta incessante pela defesa dos interesses dos professores guineenses, nomeadamente no que diz respeito aos seguintes pontos: devolução do valor monetário referente à grelha salarial diferenciada mais conhecida por cada carga horária indevidamente subtraído aos docentes beneficiários; atribuição de 35 por cento sobre o salário dos professores das escolas superiores de Educação; exigir o pagamento de todas dívidas salariais contraídas para com a classe docente de 2003 a 2006.

Por sua vez, o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof), Domingos Carvalho, acredita que a responsabilidade dos professores aumentou, pois o desafio mundial exige de cada um a sua contribuição no combate contra a covid-19 causada pelo novo coronavírus.

Carvalho lançou um apelo aos professores, pais e encarregados de educação e à sociedade em geral no sentido de unirem esforços perante a covid-19, pois só assim podemos vencer o inimigo comum.
Também não devem esquecer de que o sistema de ensino padece de doença desde os meados da década de 80 do século passado que também deve merecer um tratamento especial e urgente por parte do Estado da Guiné-Bissau.

Adelina Pereira de Barros

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