A Rádio Capital FM voltou ao ar depois de uma paragem de cerca de um mês, em consequência de vandalização do seu estúdio por indivíduos ainda desconhecidos. As emissões tornaram uma realidade a partir de segunda-feira, 31 de agosto, graças aos materiais emprestados pela Rádio Mulher de Bafatá.
Em conferência de imprensa, que antecedeu a retoma das emissões dessa estação emissora privada, o seu diretor-geral interino disse que a rádio vai continuar a informar a opinião pública na base da imparcialidade, nas regras que regulam o jornalismo.
Segundo Sumba Nansil, a tendência é de aumentar as programações da rádio de modo a dar mais voz ao povo, porque a democracia está ligada à liberdade de imprensa e de expressão.
Este responsável assegurou que a linha editorial da Rádio Capital é correta, não tem curvas e nem pretende ter, uma vez que só permite que o povo guineense tenha voz para expressar sobre diferentes assuntos, abrangendo os da governação.
Nansil aproveitou a ocasião para agradecer a solidariedade demonstrada por diferentes entidades nacionais e internacionais e pelo apoio concedido àquela estação emissora após ter sido vandalizada por pessoas desconhecidas, deixando a garantia de que estarão sempre ao serviço do povo para o que der e vier.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs), Indira Correia Baldé, apelou à Polícia Judiciária no sentido de não poupar esforços nas suas investigações a fim de encontrar os infratores, tendo encorajado os profissionais daquela estação emissora a continuarem a trabalhar em prol da sociedade guineense.
Por seu turno, o bastonário da Ordem dos Jornalistas, António Nhaga, disse que o ato de vandalização de um órgão de comunicação social é uma ameaça ao trabalho dos jornalistas.
Para ele, um regime autoritário não pode coabitar com uma imprensa livre, que dá voz tanto aos governantes como aos governados, de forma a permitir o normal funcionamento de uma sociedade.
Adelina Pereira de Barros