O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural procedeu hoje, dia 17 de fevereiro, ao lançamento técnico do Projeto de Diversificação da Agricultura Familiar, Mercados Integrados, Nutrição e Mudanças Climáticas (Projeto REDE).
O Projeto REDE, financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Fundo Abu Dhabi, Fundo Kuweit e Fundo de Adaptação, num valor de 38 bilhões de francos CFA (cerca de 65,8 milhões de dólares), tem como objetivo global aumentar, de forma sustentável, os rendimentos e a diversidade alimentar e nutricional das famílias das zonas rurais das regiões de Cacheu, Oio, Bafatá e Gabu. Tem a duração de seis anos (2020 a 2025).
Este lançamento técnico visa familiarizar a equipa da Unidade de Gestão e os potenciais parceiros de implementação do projeto, com os seus aspetos estruturantes, nomeadamente os objetivos, as componentes, os grupos alvos, as regiões de intervenção, as abordagens, os procedimentos e os resultados esperados, assim como identificar o papel de cada interveniente e garantir que tenham o mesmo nível de informação sobre o Projeto REDE.
É ainda o seu propósito promover e acompanhar a diversidade da agricultura familiar, adaptada às mudanças climáticas para melhorar o acesso aos mercados e a diversidade alimentar nessas quatro regiões de Norte e Leste do país.
As quatro regiões abrangidas pelo projeto REDE são tidas como as zonas com maior taxa de pobreza absoluta na Guiné-Bissau (situam acima da média do país, que é de 69,3%), não obstante ocuparem cerca de 71 por cento do território nacional e 55 por cento da população guineense.
O projeto perspetiva atingir 26 mil famílias rurais, qualquer coisa como 287 mil pessoas, das quais 50% de mulheres, 30% de jovens, 3% de pessoas portadoras de deficiência e tantos outros de emigrantes repatriados.
Ao presidir à cerimónia do lançamento técnico do projeto, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural demonstrou o quanto o Governo está empenhado na definição de prioridades de resiliência na base do diálogo inclusivo, criando mecanismos de facilitação participativa da sociedade civil, dos parlamentares, universitários e do setor privado.
Marciano Silva Barbeiro acredita que os investimentos na agricultura podem desempenhar um papel decisivo na garantia da segurança alimentar e nutricional sustentáveis a curto, médio e longo prazos. Pois, a sua aplicação racional, irá reforçar a competitividade da produção nacional e melhorar as condições de vida das populações.
Na sua opinião, com o uso de uma agricultura mecanizada e sustentável, acrescida à utilização de sementes de qualidade e de boas práticas de produção, a Guiné-Bissau pode alcançar a segurança alimentar e minimizar riscos associados à desnutrição.
De recordar que o Projeto REDE já tinha sido apresentado às autoridades políticas no passado dia 25 de novembro.
Julciano Baldé