Instituto Marítimo Portuário nega ter levantado 40 milhões de francos CFA

O Presidente do Instituto Marítimo Portuário (IMP) recusou, dia 29 de abril, ter levantado 40 milhões de francos cfa, com o propósito de comprar vedeta marítima.

Ele explica que foram 25 milhões de francos cfa movimentados pela direção, dos quais, 15 milhões e 500 mil na aquisição de vedeta para a fiscalização e 2 milhões e 500 mil  descontados pela Finanças à título de imposto e os restantes sete milhões serão aplicados na compra do motor.

No encontro com os jornalistas, Jorge Augusto Malu foi mais longe ao pedir os responsáveis do sindicato para apresentarem provas, através de cheques, para sustentar a denúncia. Augusto Malu afirmou que para o levantamento de qualquer soma em dinheiro, a direção do IMP produz um documento formal, devidamente justificado, para o Ministério das Finanças com o conhecimento e o aval da tutela, caso contrário os procedimentos são linearmente indeferidos.

“Por isso, o Instituto não tem margem outra de manobra para retirar dinheiro do cofre de Estado a senão cumprir, formalmente, com os procedimentos legais”, assegurou.

Entretanto, Malu confirmou ter herdado da anterior gerência quatro meses de salário em atraso, dos quais conseguiu pagar dois. Por isso, lamenta o facto de o sindicato estar a alegar a existência de seis meses de atrasados com os funcionários, tido como motivo da greve, argumento que diz não corresponder a verdade.

Aliás, o presidente de Instituto acrescentou que sempre faz questão de informar o sindicato sobre todas as diligências administrativas da direção, isto para melhor transparência na gestão dos recursos financeiros da instituição.

Sindicato não desarma

Na sua curta intervenção, o vice-presidente do Sindicato de Base dos Trabalhadores do Instituto Marítimo e Portuário, Incaro Incas, garantiu a continuidade das paralisações enquanto o patronato não atender as  exigências, incluindo o décimo terceiro mês que, habitualmente pago, em função da produção anual.

Por isso, segundo o sindicalista, as dívidas contraídas com os funcionários totalizam seis meses, tendo em conta o décimo terceiro do ano transato.

Relativamente ao acompanhamento de todas diligências feitas pela direção, no que concerne ao levantamento de 25 milhões de francos CFA e consequente pagamento das vedetas, Incaro Incas mesmo assim foi perentório em afirmar que a greve  vai prosseguir caso a direção não cumprir as exigências.

Julciano Baldé

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