A secretária-geral do Ministério dos Recursos Naturais e Energia realçou o papel desempenhado pelo Alto Comissariado da Organização para a Valorização da Bacia do Rio Gâmbia (OMVG) na criação de sinergias para um ambiente propício à implementação do projeto de energia que reduzirá consideravelmente a discrepância entre a oferta e a procura de eletricidade nos países membros.
A ideia foi transmitida à imprensa por Francisca Hortência Cá, na cerimónia de abertura da 46.ª sessão ordinária do Conselho de Ministros da OMVG, que esá a decorrer de 4 a 8 de novembro corrente.
Na ocasião, Hortência Cá asseverou que a incapacidade do sistema de eletricidade do país, em fornecer energia fiável, com custo mais acessível às populações tem diminuído, tornando-se dispendiosa nos setores industriais, comerciais e domésticos.
Disse estar convicta que com a criação de novas infraestruturas previstas no quadro do projeto da OMVG, a Guiné-Bissau estará em condições de entrar no mercado regional daeenergia elétrica e que vai contribuir para o aumento da produção e da produtividade, facto que irá aliviar a pobreza nas comunidades dos Estados e, por outro lado, melhorar os indicadores macroeconómicos.
Hortência Cá disse ainda que a efetivação deste projeto vai reforçar muito o processo de integração sub-regional e cimentar os laços de cooperação e amizade existentes no espaço comunitário, tendo salientado que a prioridade do Governo reside neste domínio.
Ela informou que está em curso a construção de quatro subestações denominadas por postos de transformação de energia em Antula, Mansoa, Bambadinca e Saltinho.
Esta responsável garantiu que o Governo vai tudo fazer para dignificar a participação da Guiné-Bissau nas organizações mundiais, regionais e sub-regionais, honrando sempre os compromissos assumidos, principalmente no tocante ao pagamento de quotas.
A secretária-geral do Ministério da Energia e Recursos Naturais disse que o executivo assumiu o compromisso de liquidar faseadamente a dívida do país perante a OMVG.
Por sua vez, o Alto Comissário da Organização de Valorização da Bacia do Rio Gâmbia, Elhadj Lansana Fofana, disse que o projeto está a conhecer avanços progressivos desde a última reunião realizada na Gâmbia, visto que permitiu a assinatura de acordos entre as instituições responsáveis para a gestão da energia da Guiné-Bissau, do Senegal e da Gâmbia.
Aquele responsável esclareceu que a sua organização fez um pedido junto de instituições financeiras para assegurar o processo da indemnização das populações afetadas na Guiné-Bissau e esse pedido já foi aceite.
Por outro lado, destacou a falta de pagamento de quotas de alguns países membros que está a dificultar os trabalhos do Alto Comissariado na implementação de várias outras rubricas constantes no projeto.
“Tenho a honra de vos anunciar que, graças ao apoio excecional do Presidente da Guiné, Alpha Condé, o Alto Comissariado conseguiu recuperar junto das autoridades da Guiné-Bissau quase dois biliões de francos CFA, um importante apoio orçamental que irá reduzir a contribuição do Estado guineense para o ano 2021” enfatizou.
Alfredo Saminanco