Os 347 membros do Conselho Nacional do Partido da Renovação Social (PRS) presentes, num universo de 646, marcaram para o dia 29 de junho, o Congresso Extraordinário do partido, sob lema: ”Congresso Extraordinário para a Reposição da Legalidade, Reforço da Unidade e Coesão Interna no Partido”.
No referido encontro realizado no dia 8 de junho, em Bissau, e presidido pelo presidente da Comissão para a Gestão Transitória do Partido, Ibrahima Sori Djaló, os conselheiros escolheram Orlando Mendes Veigas para presidir à Comissão Organizadora do Congresso Extraordinário, Maria Inácia Có Mendes, ocupará o cargo de vice-presidente e Ide Neusa da Cruz Figueiredo, como secretária.
Na ocasião, o presidente Ah-doc para a gestão transitória do partido afirmou que a única preocupação de todos os militantes, dirigentes e simpatizantes, é de salvar o PRS.
Segundo Sori Djaló, a crise é tão profunda pelo que correu-se o risco de desunião total e para sempre.
“Neste momento crucial em que estamos a caminhar muito rapidamente para o Congresso Extraordinário, urge mobilizar e utilizar toda a força interna para dar passos seguros no sentido de elevar ainda o PRS ao lugar que indiscutivelmente merece no xadrez político guineense”.
No entender do político, o maior rigor e disciplina constituem fatores que permitirão tomar medidas concretas e urgentes que garantam a aplicação das orientações constantes nos Estatutos do Partido.
Djaló afirmou que a responsabilidade histórica que o povo guineense em geral deposita em “nós”, é grande. “Não podemos e nem devemos falhar, sob pena de ficarmos na história política contemporânea nas páginas negras”.
Promete redobrar esforços para não frustrar as expectativas do eleitorado, manter a estabilidade interna e reconciliar os militantes e dirigentes, são de entre outros, os ingredientes que devem nutrir o espírito de todos neste momento tâo importante na caminhada para mais um Congresso.
Por outro lado, Ibrahima Sori Djaló afirmou que o partido encontra-se profundamente dividido e corre o risco de não participar nas próximas eleições legislativas e presidenciais caso não realizar o seu Congresso Extraordinário.
“Evidentemente, hoje, não seria de todo pertinente, sobrecarregar os conselheiros nacionais com histórias e relatos de tudo o que aconteceu e, como tudo começou até hoje”.
Igualmente, Sori Djaló explicou que de acordo com o estipulado nos estatutos (Art. 25 e) ponto 2 depois de várias tentativas de diálogo frustradas, uma vez que Fernando Dias, presidente interino do PRS, que há algum tempo vinha fazendo a gestão corrente do partido, ultrapassou todos os limites temporais previstos no artigo dos Estatutos e reforçado pelo Despacho N° 7 do Supremo Tribunal de Justiça de 2024, proferido pelo seu presidente Lima André, que determina que com a morte do falecido presidente Alberto M´bunhe Nambeia, eleito no último congresso do PRS, caducam todos os vice-presidentes, secretário-geral e secretário-geral adjunto.
Esses diplomas, refere ainda que a figura do presidente interino é “ilegal”, pois não consta de nenhuma disposição dos Estatutos do PRS.
Em entrevista aos jornalistas, o pré-candidato à liderança do PRS nesse congresso, Félix Na Ndunguê prometeu que caso for eleito, vai reorganizar o partido e unificar todos os militantes, rumo a vitória nas próximas eleições legislativas.
Afiançado que com a realização desse Congresso Extraordinário, disse o partido vai conseguir atingir os seus objetivos que levou a sua criação, onde vai resolver os problemas da vida do povo guineense.
Igualmente, Na Ndunguê assegurou que ele é uma pessoa humilde e não conflituosa, pauta sempre pelo diálogo e estar num ambiente de irmandade com qualquer pessoa, quer de perto assim como de longe.
Fulgêncio Mendes Borges