Decorre em Bissau, de 7 a 9 de dezembro, um “Ateliê sobre análise e avaliação de políticas integrantes das tecnologias numéricas à luz das experiências bem sucedidas”.
O encontro é realizado pela Organização do Mundo Islâmico para a Educação, Ciência e Cultura (ICESCO – sigla em inglês), tendo como objetivo os três principais eixos: examinar as políticas educativas que integram com sucesso as tecnologias numéricas no domínio da educação; destacar as experiências positivas e melhores práticas que daí decorrem; partilhar conhecimentos e perspetivas, permitindo aos participantes compreender como elaborar, executar e avaliar com eficácia tais políticas no contexto nacional.
Uma nota distribuída à imprensa informa que o cenário educativo internacional tem testemunhado a varias inovações tecnológicas, de modo a adaptar e desenvolver programas, ferramentas e equipamentos necessários e para qualificar os atores educativos, através de projetos inovadores, utilizando as tecnologias modernas e desenvolvendo recursos educativos numéricos.
Ora, o mesmo documento refere que esse ateliê inscreve-se nesta dinâmica, fixando como objetivo geral contribuir para o apoio ao reforço dos Estados membros da ICESCO na integração, de forma eficaz e eficiente, às TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) no sistema educativo, contribuindo assim para a efetividade do direito à educação para todos.
Mais atenção à ICESCO
Em declarações aos jornalistas, o correspondente nacional da ICESCO desde 1999 afirmou que, para se avançar, a Guiné-Bissau tem que adaptar-se à conjuntura mundial, acompanhar as sucessivas mudanças e nunca os seus técnicos devem ficar de fora desta senda.
Abdulai Pate Jalo garantiu que o país pode esperar vatntagens deste ateliê, na medida em que os conhecimentos nele adquiridos serão multiplicados pelos participantes. “O país não só se classifica pelos seus recursos naturais, mas sobretudo pelos seus recursos humanos”.
Por outro lado, disse que a educação está em constante transformação e é uma evolução muito rápida.
Pate Jalo aproveitou a ocasião para apelar às autoridades nacionais a prestar mais atenção à ICESCO, que é uma organização igual às outras estruturas internacionais, mas que tem tido pouco interesse dos sucessivos governos, não obstante estar a contribuir, há muito tempo, para a melhoria do conhecimento dos guineenses.
“A ICESCO promove a realização de seminários e ateliês e também financia projetos na área de educação, ciência e cultura, bem como equipamentos a instituições. Apesar disso, as autoridades nunca demonstraram interesse por esta organização”, considerou.
Durante a sua intervenção na cerimónia de abertura, Abdulai Pate Jalo aproveitou o ensejo para agradecer ao diretor-geral da ICESCO, Saim Mohamad Al Malik, do seu chefe da Secção da Educação e o diretor do Programa da Educação, respetivamente, Cumba Boly Barry e Aziz Haijiri, pela sua valiosa contribuição para a realização desse evento.
Ibraima Sori Baldé