Domingos Simões Pereira reagiu na tarde hoje, dia 2, os acontecimentos de 1 deste mês, tendo condenado a atuação da Guarda Nacional (GN) no suposto resgate aos detidos, considerando-se um defensor de Estado de Direito democrático e opositor de todas as formas de violência.
Simões Pereira afirmou que ele era inocente do que passava naquela noite. Confessou que apenas ficou “perturbado” quando foi informado que a audição pelo Ministério Público, do ministro da Economia e Finanças e secretário de Estado de Tesouro conclui com a ordem de prisão preventiva aos dois governantes.
Disse que, mesmo com aquela noticia que lhe deixou perturbado prosseguiu com a reunião que mantinha na sua residência sobre um projeto para a secretaria de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria.
“Estive em silêncio desde ontem para compreender de melhor forma possível este acontecimento mas este meu silêncio está a facilitar um aproveitamento político dos opositores, que tentam associar-me com situações completamente contrárias aos meus princípios. Daí a necessidade de vir ao público elucidar os que de facto querem ser elucidados”.
Disse que quando recebeu a informação de que elementos da Guarda Nacional foram retirar os detidos nas celas, de imediato foi à casa do Primeiro-ministro para saber do que se passava, mas o Chefe do Governo, Geraldo Martins, disse que não tinha conhecimento do assunto, igualmente foi a residência da ministra do Interior, Adiato Djaló Nandigna também teve a mesma resposta de inocência da situação.
Na resposta às acusações de que ele estaria interessado a desestabilizar o país, Domingos Simões Pereira questionou: “Sou presidente da ANP, líder de uma coligação e partido vencedor das eleições a governar, como é que estaria a favor de uma situação de instabilidade política e social na Guiné-Bissau, muito pelo contrario”.
Na sua opinião, mesmo com os acontecimentos de 1 de dezembro, há todas as condições para o Governo e demais órgãos da soberania manterem em funções. “Estou a referir os constantes pedidos da oposição para o Presidente da República demitir o Executivo”, disse.
Declarou que circulam especulações de que teria elogiado à atuação da Guarda Nacional, Domingos Simões Pereira desmente e esclarece que não emitiu nenhuma mensagem sobre essa situação em concreto até à altura em que dava esta conferência de imprensa.
Aliu Baldé