Líder do PUN pede fim de querelas políticas a bem da campanha de caju

O presidente do Partido de Unidade Nacional (PUN) pediu aos políticos para abdicarem das querelas políticas que o país vive neste momento, a bem do presente ano da comercialização da castanha de caju.

Idrissa Djaló fez esse alerta hoje, dia 23 de fevereiro, numa conferência de imprensa, referindo que a produção da castanha da Guiné-Bissau, que pode estimar centenas de milhões de dólares, é comprada integralmente pelos empresários estrangeiros, que compram também em diferentes países da sub-região, como na Costa de Marfim, que já está em plena campanha.

Aquele político acrescentou ainda que o segundo problema para a Guiné-Bissau, é que o Estado é muito dependente das taxas impostas aos empresários no momento da exportação daquele produto nas contas das Finanças Públicas, que não é o caso noutros países da sub-região.

Disse também que não existem classes empresariais nacionais no país, capazes de fazer trabalho de casa no terreno, para poder comprar castanha nas mãos dos produtores e revender aos exportadores estrangeiros.

Segundo Djaló, se tomarmos em conta, essa ausência dos elementos nacionais, na primeira fase da fileira comprando caju nas mãos dos produtores para revenderem aos exportadores, tornam o país dependente dos compradores estrangeiros.

“Se tomarmos em conta esses diferentes elementos, que fragilizam a nossa capacidade negocial, em termos de preços, porque o mercado é aberto e ainda com a instabilidade política no país, provocando a campanha de comercialização de caju totalmente sem sucesso”, disse.

O líder do PUN justificou que os empresários nacionais estão falidos, o que faz com que os estrangeiros fixem o preço que querem, assim como também, os outros empresários estrangeiros deixem de vir à Guiné-Bissau para comprar castanha, por causa do medo para não correr risco de perder o seu dinheiro, por causa da instabilidade política no país.

Fulgêncio Mendes Borges

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