A coordenadora da Rede Oeste Africana para Consolidação da Paz (Wanep) na Guiné-Bissau exigiu às mulheres políticas guineenses a assumirem suas responsabilidades o quanto antes, a fim de restaurar a dignidade na Guiné-Bissau.
Denise dos Santos Indeque falava numa cerimónia realizada para proceder a avaliação de governação de meio século pelos homens na Guiné-Bissau.
Santos Indeque afirmou que a referida camada precisa focar nos aspetos políticos e sociais, propondo soluções que permitam o desenvolvimento dessa nação.
“Mulheres, o futuro já chegou! O programa menor já foi concretizado por Amílcar Cabral e demais combatentes, com a nossa independência em 1973”, considera.
Segundo ela, considerando os 50 anos de fracasso governativo pelos homens, a responsabilidade da concretização do programa maior, isto é, a construção e o desenvolvimento do Estado guineense é, sem dúvida, da mulher.
Em nome da paz e o renascer de novas esperanças e anseios do povo guineense, fustigado por anos de sofrimento, espera uma reação rápida das mulheres.
A responsável explicou que os dias 24 de setembro e 16 de novembro deveriam constituir momentos especiais para os homens políticos se refletirem profundamente sobre as suas notas medíocres obtidas ao longo dos 50 anos.
Afirmou que os acontecimentos de 1 e 4 de dezembro de 2023 são provas evidentes da tamanha incompetência dos homens políticos guineenses.
A coordenadora da WANEP lamentou o facto de não haver o motivo da celebração da festa da independência, convidando ilustres personalidades estrangeiras, uma vez que nada mudou no país, porque na concessão moderna, a independência não se proclama, mas sim, constrói-se diariamente.
Manifestou a sua indignação pela observação de desvio de fundos para sustento de numerosas famílias espalhadas pelos subúrbios de Bissau e Portugal durante todos esses 50 anos.
Julciano Baldé