A paralisação parcial da Função Pública por mais 22 dias, segundo a Central Sindical, decorre de forma alternada, até ao final do mês de novembro e, no decurso da greve, a UNTG convoca uma mega manifestação no dia 17, para exigir aumentos salariais, pagamento das dívidas, efectivação dos novos ingressos de saúde e educação, bem como implementação efectiva dos Estatutos das Carreiras Docente e Médica.
Depois de cerca de um ano de conflito, a situação parecia oferecer condições negociais, com o pico na detenção e posterior libertação dos dirigentes sindicais de saúde.
O emissário do Presidente da República, o Ministro de Estado Botche Candé, conseguiu baixar a temperatura com a sua deslocação à sede da central sindical, onde obteve garantias do fim do boicote e prestação dos serviços mínimos nos hospitais, criação de condições para o presente ano escolar e, em troca, a UNTG exigiu o pagamento da carga horária, reposição dos descontos e salários na sequência da greve.
Contudo, a UNTG volta com uma carga implacável e desta vez, a greve abrange até o dia dos defuntos, dia de todos os Santos.
Alternadamente, a greve decorre de 2 a 30 de novembro e, pelo meio, a UNTG convoca uma mega manifestação que recebe já o apoio do Espaço da Concertação das Organizações da Sociedade Civil.
O Espaço ameaça apresentar uma queixa-crime contra o Governo da Guiné-Bissau junto ao Tribunal de Justiça da CEDEAO, por reiteradas violações dos Direitos Humanos.
Adama Baldé, da Rede Nacional das Associações Juvenis – RENAJ, porta-voz do Espaço, anuncia a criação da Comissão de Facilitação de Diálogo entre o Governo e os Sindicatos, para pôr fim à onda de greve no âmbito do apoio à consolidação da paz, diálogo inclusivo e fortalecimento de Estado de Direito.
In RFI