UNICEF exige maior responsabilidade no tratamento de notícias sobre crianças

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, em parceria com a Secretaria de Estado da Comunicação Social organizou de 15 a 18 de março, na Região de Oio, uma acção de formação com vista a reforçar a capacidade dos profissionais dos Media na matéria dos direitos da criança.

A formação que decorreu no centro de Djalicunda, Setor de Mansaba, juntou cerca de 40 jornalistas e radialistas das rádios comunitárias do país.

A UNICEF quer com esta ação envolver os profissionais da Comunicação Social na difusão das mensagens dos oito resultados chaves: imunização, prevenção de desnutrição, acesso à educação, aprendizagem, proteção contra violência, casamento infantil, registo de nascimento, livre defecação ao céu aberto mais paludismo.

Portanto, no ponto de vista da UNICEF, a abordagem destas temáticas permitirá reduzir a taxa de mortalidade materno infantil, que segundo os dados existentes, são factores que contribuem para o aumento do fenómeno refernciado

Para além dessa preocupação, também os organizadores fizeram a questão de informar os participantes, da missão do UNICEF, inicialmente conhecido como Fundo Internacional de Emergência para as Crianças, criado na altura para ajudar as crianças da Europa, vitimas da II Guerra Mundial.

Já em 1953, tornou-se uma agência permanente das Nações Unidas, passando assim a chamar-se Fundo das Nações Unidas para a Infância com uma vocação de defender os direitos das crianças em todo o mundo. Também a situação de Coronavírus mereceu destaque no ateliê, com principal enfoque nas medidas preventivas.

No ato de encerramento da formação, o diretor do departamento de Comunicação Educativa e Multimédia da Secretaria de Estado da Comunicação Social, Malam Mané, pediu aos seminaristas para aplicarem na prática os conhecimentos adquiridos.

Ele pediu os profissionais da comunicação social no sentido de trabalharem mais na mudança de comportamento e da mentalidade dos cidadãos guineenses, principalmente sobre os oito resultados, bem comoe na divulgação e sensibilização sobre a Convenção dos Direitos da Criança.

Segundo o responsável, os jornalistas são muito úteis na disseminação de informações, mas também podem ser porta-vozes das crianças e mulheres grávidas que são as principais vítimas. Nesse sentido elevou os participantes pela colaboração no sucesso da formação.

Por sua vez, o oficial de comunicação da UNICEF, Wilson da Gama, disse que a contribuição de participantes no ateliê ajudou de certa maneira no reforço do conteúdo programático e aqueceu os debates.

Na sua opinião, a formação em si terminou, mas os trabalhos devem continuar para a implementação, na prática, das recomendações saídas do encontro dando seguimento às resoluções nele saídas.

No evento, falou também o diretor executivo da ONG Palmerinha, Nicolau Mendes, tendo dito que a partir dessa formação, os órgãos de comunicação social vão continuar a ser os parceiros fiáveis da UNICEF na implementação do seu programa no país.

Mendes assegurou que a sua organização vai como de sempre mobilizar recursos junto do seu parceiro tradicional (UNICEF) para ajudar os órgãos.

Para finalizar, em nome dos seminaristas, José António Tavares, pediu aos organizadores para continuarem a dar mais formações aos profissionais de comunicação social, porque só assim é que será possível mudar a mentalidade e o comportamento das pessoas.

Aos colegas, Tavares pediu mais responsabilidade no tratamento das notícias ligadas aos direitos da criança.

Por: Alfredo Saminanco

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