O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) entregou, no dia 31 de agosto, sete aparelhos de ar condicionado ao Hospital Nacional Simão Mendes, destinados as salas do Bloco Operatório do serviço de Maternidade e do Neonatologia, com vista a melhoria das condições de trabalho e prestação de cuidados.
O donativo enquadra-se na política nacional da Saúde Reprodutiva, Materna Neonatal, Infantil e de Adolescentes (SRMNIA) 2019-2024, para o desafio com que atualmente se depara o país.
No ato da entrega, o representante do UNFPA, Cheikh Fall, afirmou que o Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) é de nível “terciário” para referência da Guiné-Bissau, mas também funciona e apresenta serviço de nível “secundário” para as regiões sanitárias do Setor Autónomo de Bissau, Biombo e Bijagós, devido a ausência de hospitais regionais nestas regiões, assim funcional como hospital “universitário” para formação e estágio de vários profissionais de saúde de diferentes categorias. “Muito destes formados com o apoio de UNFPA”.
Por isso, segundo Cheikh Fall, investir e apoiar o HNSM, é uma aposta na qualidade dos serviços Obstétrico e Neonatal de Urgência (SONU), com consequente redução da mortalidade evitável na Guiné-Bissau.
Satisfeito com o apoio, o secretário-geral do Ministério da Saúde Pùblica reconheceu que o sistema nacional de saúde está carente em todas as latitudes, ou seja, precisa de tudo, desde recursos humanos, infraestruturas e de materiais de trabalho.
Quiletche Na Isna é da opinião que cada oferta recebida deve ser tratada com muita sensibilidade e usada de uma forma correta com a finalidade de servir a população.
Ele aproveitou a ocasião para agradeceu ao UNFPA pelo apoio, prometendo que os materiais ora doados vão terão um bom uso.
Para o diretor-geral da Maternidade daquela unidade hospitalar, Elísio Júnior Baldé Ferreira, afirmou que a oferta vai contribuir para a reativação do Bloco Operatório da Maternidade, que não funciona há mais de dois anos.
O médico revelou que muitas das vezes os técnicos daquele serviço levaram pacientes nas carinhas de rodas para o bloco operatório, num percurso de cerca de sete minutos, mesmo no período chuvoso, fazendo com que os mesmos passem mal e nalguns casos não consigam resistir.
Este responsável afirmou que a oferta não é uma solução definitiva, mas, o Estado deve reativar o Bloco Operatório da Maternidade, para minimizar o sofrimento dos pacientes e técnicos que trabalham naquele departamento hospitalar.
Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges