Tomada de Guiledje marca o princípio do fim do colonialismo português

A tomada do quartel fortificado de Guiledje pelas Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) teve um valor estratégico animador para a luta armada de libertação nacional. Esse ataque ditou a derrota definitiva do exército colonial português, que utilizou todo tipo de armamento contra o nosso povo valente, que durante mais de 500 anos esteve sob a sua odiosa dominação e repressão.

O ataque ao quartel de Guiledje durou cerca de três dias e quatro noites e decorreu de 18 a 22 de maio de 1973, com intensos bombardeamentos de artilharia pesada. No último dia do ataque, o comandante major Coutinho e Lima, do exército português, ordenou a retirada dos seus homens do quartel de Guiledje, sentindo-se a derrota da presença colonial no território guineense.

A grande dificuldade com que deparavam os combatentes de Cabral era os ataques aéreos do exército colonial. Mas, nos inícios de 1973, o PAIGC recebeu da então União Soviética o auxílio em mísseis CM-7 para substituir as ultrapassadas e ineficazes armas antiaéreas de que dispunha a sua guerrilha. Assim sendo, no dia 25 de março de 1973 foi abatido o primeiro avião do exército português nos arredores do quartel de Guiledje, pelo major Cabá Fati. Esse facto animou o comandante da frente sul, João Bernardo Vieira “Nino”, tendo ele declarado: “vamos ganhar a guerra, porque a supremacia dos portugueses reside exatamente na força aérea e nós já temos arma para derrubar os seus aviões de guerra”.

Reportagem em atualização

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