Três câmaras modernas e respetivos acessórios, bem como 10 auriculares para os operadores e quatro microfones lapela são materiais que a Televisão da Guiné-Bissau beneficiou da parte do Presidente Umaro Sissoco Embaló.
No ato da entrega, realizada no dia 28 de junho, o diretor-geral da TGB, na qualidade de mandatário do Chefe de Estado, afirmou que a oferta prova o apreço que o Presidente tem para com a televisão, pois não é a primeira vez que tal ato acontece e “há várias evidências” que o comprovam.
Enquanto beneficiário também, Amadu Djamanca manifestou a sua satisfação e disse sentir-se no dever de reforçar a responsabilidade para com o povo. “Quando o primeiro magistrado da Nação lhe presta atenção na sua função, isso ajuda na melhoria da capacidade operacional da instituição, como a TGB. A única coisa que nos resta é multiplicar esforços”, referiu, admitindo que, se a estação tivesse recebido esse tipo de apoio há mais tempo, não estaria a preocupar-se com câmaras neste momento.
Reforçar capacidades técnicas
A representar o Ministério da Comunicação Social, o seu secretário-geral, declarou que o donativo enquadra-se naquilo que é a preocupação do Presidente da República para o desenvolvimento do setor, no seu todo.
Mamadú Sanó indicou que o dom vai reforçar as capacidades técnica e de resposta da TGB, assim como suprir enormemente as suas necessidades.
Enquanto tutela, agradeceu o gesto e os esforços que a Direção-Geral da TGB tem empreendido, no sentido de melhorar as condições laborais. Diz que, neste momento, estes e outros materiais disponíveis ajudam a televisão na feitura de reportagens em vários pontos do país.
Sanó elogiou à Direção da televisão pelo seu esforço interno e através de parceria, esperando que o mesmo sirva de exemplo para os restantes órgãos públicos de comunicação, ou seja, usando a sua influência para conseguir apoios, com vista a melhoria dos seus serviços.
Mas deixou bem claro que esta busca de parceria nunca irá ilibar o Governo da sua responsabilidade, estando empenhado no sentido de continuar a elevar a qualidade dos serviços dos órgãos, pois a informação é fundamental. “Temos a consciência da sua importância, por isso trabalhamos arduamente para, também, fazê-la chegar a todos os quadrantes da Guiné-Bissau e onde quer que esteja um guineense no mundo”, referiu.
O dirigente apontou o exemplo de que os cidadãos nacionais que vivem perto das fronteiras consomem mais informações dos países vizinhos do que propriamente aquelas produzidas no país, o que não é bom. “O cidadão guineense, esteja onde estiver, deve consumir o que é nosso, sente-se melhor e mais guineense”, opinou, para de seguida lançar um desafio, para que um dia tenhamos uma TGB internacional.
Defende que os órgãos públicos devam ter condições para fazer uma informação oficial e que consigam chegar a todos, com qualidade.
Muita satisfação
Em nome da Direção da televisão, António Tavares manifestou “muita satisfação” com a oferta destas “câmaras de última geração e fáceis de transportar (com menos de 5 kg de peso) ”. Disse que o apetrechamento com materiais de géneros, ajuda os técnicos a serem mais dinâmicos, mais operacionais e mais eficientes.
O diretor de Informação lembrou que Umaro Sissoco Embaló foi um dos primeiros cidadãos a oferecer câmara à TGB, sobretudo em momentos mais difíceis, adiantando que já tinha também doado aparelhos de ar condicionado à estação televisiva nacional.
Apelou aos colegas no sentido de saberem corresponder com as ofertas, fazendo mais e melhor, esperando que os telespetadores fiquem cada vez mais satisfeitos com os trabalhos.
Orçamento próprio
Domingos Tiago, presidente do sindicato de base, aplaudiu os trabalhos levados a cabo pela atual Direção da TGB, indicando que, além de outros materiais, a equipa conseguiu disponibilizar aos trabalhadores 10 câmaras novas, em 13 meses.
Afirmou, por outro lado, que o sindicato não é somente exigir o direito dos trabalhadores, mas também cumprir com os seus deveres, pelo que comprometeu-se a redobrar esforços com o intuito de fazer ainda melhor.
No entanto, acredita que a nível da África Ocidental, a TGB é única estação televisiva que ainda não está dotada de orçamento próprio, o que leva a certas dificuldades. Mais de 30 anos de vida, referiu, a televisão não dispõe de nenhuma delegacia fora de Bissau, o que exigiria no mínimo três elementos para o seu funcionamento.
Nesse sentido, o sindicalista aproveitou a ocasião para exigir o cumprimento da taxa audiovisual, criada desde janeiro, permitindo aos quatro órgãos de comunicação social públicos melhorarem o seu trabalho, “até porque impostos congéneres já estão a ser cobrados em outros setores”.
Texto e fotos: Ibraima Sori Baldé
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