Os sindicatos do setor do ensino, nomeadamente o Sindicato Democrático dos Professores e Frente Nacional dos Professores e Educadores (SINDEPROF e FRENAPROFE) anunciaram que este ano não vão comemorar 17 de Fevereiro – Dia Nacional do Professor – devido à decisão do Governo que restringe as manifestações públicas, medida que essas organizações sindicais consideram de “ilegal”.
Em comunicado à imprensa, os dois sindicatos com a designação de “Frente Comum”, veem manifestar a sua indignação face ao Comunicado do Conselho de Ministros de 6 do mês em curso, no qual “foi tomada uma medida que demonstra, mais uma vez, a falta de interesse no setor educativo”.
Segundo os sindicatos, o plenário tomou a medida de bloquear os salários dos professores em regime de estudo e doentes.
A Frente Comum das organizações da classe docente considera que o país é rico em recursos naturais, minerais e haliêuticos, mas não deixa de constar na lista dos países mais pobres do mundo.
No entender dos professores, o baixo nível de investimento no capital humano é a principal razão dessa posição e sustenta. que o desenvolvimento económico em todos os níveis requer uma valorização séria do setor educativo, neste particular, a formação do homem.
“Os sindicatos nunca se conformam com as sucessivas paralisações que se verificam no setor da educação, mas é óbvio que o problema que afeta a classe docente nunca teve uma resolução pacífica, infelizmente, só pela via da greve, um dos recursos que a lei reserva”, lê-se.
De salientar que a celebração de 17 de Fevereiro como Dia dos Professor Guineense é feita em memoria do combatente da liberdade da pátria e professor, Areolino Cruz, que faleceu em defesa dos seus alunos na então zona libertada durante a luta pela independência da Guiné-Bissau.
Aliu Baldé