No âmbito da comemoração do Dia Nacional do Professor, a ONG “Bantabá de Npulma Npulma” (BNN) organizou, no dia 15 de fevereiro, no Centro Cultural Português, palestra subordinada aos temas: “Ensino da língua portuguesa na Guiné-Bissau; desafios e perspetivas na educação e ensino versus cidadania ativa no país ”.
Na ocasião, Luís Duarte Pinto, em representação do ministro da Educação Nacional e do Ensino Superior, disse que o país tem grande dificuldade a nível da língua portuguesa, pelo que pediu o melhoramento do ensino, de modo a suprir as deficiências com que os estudantes guineenses enfrentam nos estudos.
Aquele responsável afirmou que nos Países Africanos da Língua Oficial Portuguesa (PALOP), nota-se que a Guiné-Bissau tem mais dificuldades de comunicar em português, porque os guineenses acham que as pessoas que falam português em casa, no local do trabalho, nas ruas com amigos e com os familiares, são indivíduos que gostam de exibir, portanto, esta realidade provoca uma certa complexidade de pessoas a falar o português.
Assim, deixou conselhos à população, no sentido de aprofundar seus comhecimentos no domínio da língua portuguesa, através de leitura, escrita e falar quer na escola, assim como em qualquer lugar.
“Qualquer língua se aperfeiçoa, falando-a constantemente ou de vez em quando. Ninguém deve preocupar-se com erros, porque com eles que se aprende”, observou.
Por seu lado, o representante do sindicato dos professores, Alfredo Biaguê, disse que o Dia do Professor é uma data muito importante para a classe docente, porque 17 de Fevereiro foi escolhida em saudação à resolução do Congresso de Cassacá, realizada de 13 a 17 de Fevereiro de 1964, que recomendava a abertura de escolas em todas as zonas libertadas.
Então foi assim que este dia foi instituído como Dia Nacional do Professor em homenagem ao Areolino Lopes da Cruz, que na altura foi selecionado, após a reunião magna de Cassacá, para dar aulas em Cubucaré, sul do país.
Alfredo Biaguê aproveitou a ocasião para solicitar ao Governo, no sentido de prestar atenção ao setor da educação, porque qualquer país que queira atingir o desenvolvimento, deve apostar no ensino de qualidade.
O sindicalista finaliza, dizendo que as dificuldades do português não estão centralizadas só nos alunos, mas também nos professores, que ensinam com grandes dificuldades de comunicação e escrita.
Naiza Francisco Imbirim (estagiária)