Sindicato do Nô Pintcha promete luta para dignificar os trabalhadores

O novo presidente do Sindicato de Base dos Trabalhadores do jornal Nô Pintcha, Seco Baldé Vieira, e a sua equipa tomaram posse esta manhã.

O ato foi presidido pelo presidente do Sindicato Nacional dos Profissionais dos Órgãos Públicos da Comunicação Social (Sinpopucs), José Domingos Gomes (Tiago), na presença do diretor-geral do jornal e de funcionários afetos àquela instituição estatal.

Eleito em Assembleia-geral no passado dia 14 de outubto, Baldé Vieira promete trabalhar em estreita colaboração com a Direção, dando apoio na prossecução das ações programadas e aumentar a qualidade e o profissionalismo do desempenho dos funcionários, assim como a melhoria das condições de vida de cada um, para que sintam “honrados e respeitados”.

Segundo ele, o desafio e o momento exigem o esforço e compromisso sério de cada um, para que se possa inverter o atual estado de coisas nesta casa e enfrentar àquilo que chama do sistema imposto, assente na falta de diálogo e colaboração. Neste particular, recorreu ao velho ditado: “água mole em pedra dura, bate, bate até que fura”.

“É nesta linha de ação que vamos exigir, com determinação, a disponibilização do valor de um milhão de francos CFA, assumido pela direção do Nô Pintcha, para a constituição do capital de um Fundo Social, aprovados anteriormente numa reunião geral, convocada para o efeito”, referiu.

Tem a “consciente clara” o risco e consequência de assumir esse desafio, mas garante que nunca dará costas às responsabilidades que pendem sobre si e fala em, junto com os colegas, resgatar os valores do jornal que ao longo dos últimos anos “foram postos em causa, em troca de interesses ainda por confessar”.

Neste particular, disse que será intransigente na defesa dos direitos dos trabalhadores, assim como no cumprimento dos seus deveres e obrigações como funcionários públicos, para evitar incoerência com o seu propósito, enquanto sindicalistas.

O líder sindical falou também das cinco viaturas de que dispõe o jornal, mas que, no entanto, os trabalhadores continuam a movimentar-se com meios próprios, enquanto os carros prestam serviços, muitas vezes alheios ao funcionamento da instituição.

Referiu-se ainda o facto de o jornal estar a funcionar há mais de cinco meses sem diretor de Informação, em consequência da demissão do então responsável do cargo, tendo acusado o diretor-geral de até aqui resignar-se a não dar explicações sobre o sucedido, pelo que esta “estrutura cerebral” do órgão continua em vazio.

José Domingos Gomes, presidente do Sinpopucs, enalteceu a importância de o sindicato e a direção trabalharem em estreita colaboração para o bem do jornal Nô Pintcha, chamando a atenção aos sindicalistas a não funcionarem como opositores.

Domingos Tiago manifestou a sua tristeza em saber que a Direção do jornal recusou-se, categoricamente, a sentar à mesa para dialogar com os sindicatos, o que, ao seu ver, não ajuda em nada.

Os funcionários recém-efetivados já levam dois meses sem receber os seus ordenados. A situação não passou despercebida ao presidente do Sinpopucs, que exige explicações ao governo.

O diretor-geral do Nô Pintcha, Abduramane Djaló, manifestou-se satisfeito com as intervenções e disse esperar que o sindicato seja um interlocutor para que haja diálogo entre as partes, tendo mostrado total abertura para o efeito.    

Ibraima Sori Baldé

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