Um grupo de profissionais do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), principal unidade médica do país, iniciou ontem, dia 27, uma greve geral para reivindicar o pagamento de cerca de seis meses de salários, disse à Lusa fonte do sindicato.
De acordo com a mesma fonte, a greve é para decorrer durante quarta, quinta e sexta-feira, envolvendo médicos, enfermeiros, parteiras e pessoal de assistência hospitalar.
Em causa está “a promessa não cumprida” pelo Governo que tinha prometido que até terça-feira, dia 26, seriam pagos um total de seis meses de salários em atraso.
Fonte da direção do Simão Mendes disse à Lusa que a greve “começou nesta quarta-feira, embora com pouco impacto, por ser o primeiro dia”.
“Esta greve acontece no pior momento”, observou a mesma fonte, que aponta para casos de acidentes e doenças relacionadas com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas nesta quadra festiva.
Igualmente, a fonte explicou que a greve “ainda não é sentida” no Simão Mendes, pelo facto de muitos técnicos desconhecerem que a paralisação teria mesmo lugar a partir desta quarta-feira.
“No momento de troca de turnos, logo à noite, aí sim muitos técnicos não vão comparecer ao serviço”, previu a fonte, citando experiências do passado.
A greve foi convocada pelo Sindicato de Base, que engloba cerca de 200 trabalhadores do HNSM, entre técnicos e pessoal de assistência hospitalar, na sua maioria contratados.
A fonte da direção do Simão Mendes indicou à Lusa que, neste momento, os cerca de 700 profissionais que trabalham no hospital aguardam para receber também cerca de seis meses de subsídios.
A direção do Simão Mendes tem esperanças de que, no Conselho de Ministros desta quinta-feira, o Governo encontrará uma solução e a paralisação será levantada, adiantou.
In LUSA