O Sindicato de base da Imprensa Nacional (Inacep) promoveu, hoje, uma conferência de imprensa com o propósito de esclarecer e informar sobre o mau funcionamento daquela empresa de capital pública e exigir aplicação do seu estatuto.
Na ocasião, o presidente do sindicato de Base dos Trabalhadores da Inacep, Mohamed Lamine Monteiro, responsabilizou o Ministério da Comunicação Social e a direção cessante de se desinteressarem pela resolução da situação difícil que os funcionários estão a travessar, sobretudo o não pagamento de dois meses de salários em atraso.
Segundo Lamine Monteiro, os funcionários não receberam os ordenados dos meses de abril e maio, incluído, também, os três meses de salários em atraso aos seus associados do Conselho de Administração, facto que “é inaceitável e desumano”.
Monteiro disse, ainda, que o pagamento dos três meses de salários é um ponto inegociável, por isso o sindicato exige do patronato a imediata resolução, “porque a vida dos funcionários e dos seus familiares estão em causa e mais”.
De acordo com o sindicalista, exige-se não só o pagamento dos três meses de salários em atraso, mas também, o cumprimento imediato do estatuto da Inacep na íntegra, publicado no suplemento do boletim nº 12, de 23 de março 2021, porque foi aprovado na reunião do Conselho de Ministros, promulgado pelo Presidente da República.
Sublinhou que a Inacep perdeu a sua credibilidade e valores que tinha, tendo em conta a violação do seu estatuto, por parte do próprio ministério que a tutela, começando pela suspensão e nomeação da nova direção sem fundamentos.
Aproveitou a ocasião para esclarecer que há mais de 20 anos que os trabalhadores dessa empresa não recebem segurança social, principalmente os doentes.
Mohamed Lamine Monteiro acusou alguns funcionários que estão no estrangeiro de estarem a beneficiar dos seus salários por alegarem problemas de saúde e “tudo não passa duma falsidade, enquanto as pessoas idosas estão há mais de 90 meses sem salário interno”.
Perante isso, o representante dos trabalhadores pediu a flexibilidade da Direção da Inacep e convidou a ministra da Comunicação Social a visitar a Inacep, de modo a inteirar-se da real situação por que passam.
Francisco Gomes (estagiário)