Quando as previsões apontavam para pouco menos de quatro mil o número de crianças a vacinar contra a poliomielite, eis que as autoridades sanitárias do Setor de Quebo conseguiram ultrapassar todas as expectativas, atingindo sensivelmente 4.385 menores.
Os dados em questão são referentes à campanha de vacinação contra a poliomielite, levada a cabo em todo o território nacional, de 22 a 25 de junho corrente, sob o lema “PÒLIO NUNCA MAIS”. A iniciativa, recorde-se, é do Governo, através do Ministério da Saúde Pública, em colaboração com os parceiros bi e multilaterais, entre os quais o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Nesse quadro, mais de 10 equipas estiveram espelhadas em todas as zonas do setor para atender crianças menores de cinco anos, conforme as orientações dadas pelas autoridades sanitárias.
Dentro desta faixa etária, os técnicos subdividiram os potenciais meninos a vacinar em dois grupos, sendo um de seis aos onze meses de idade e o outro de um aos cinco anos. Neste particular, o primeiro grupo albergou 527 crianças e, do segundo, surgiram 3.858 vacinados.
Em relação às dificuldades encontradas durante a campanha, o responsável da área sanitária do Setor de Quebo, Nandinho Mendes Pereira, em exclusivo ao jornal Nô Pintcha, apontou o seu dedo indicador às chuvas que se fizeram sentir no segundo dia dos trabalhos.
A Região de Tombali, Sul da Guiné-Bissau, na qual o setor de Quebo faz parte, é uma zona onde se registam chuvas torrenciais e intensas, pelo que muitas das atividades realizadas nessa época do ano acontecem com certos obstáculos.
A campanha nacional gratuita de vacinação contra pólio foi integrada a suplementação com Vitamina A e a desparasitação com Mebendazol, tendo sido feita de porta a porta.
Segundo informações disponíveis, a poliomielite pode provocar paralisia nos braços e pernas das crianças, e não tem cura. Por isso, a sua erradicação está inserida na prioridade das autoridades guineenses, visando a redução da mortalidade nos menores de cinco anos de idade, cuja estimativa é de mais de 340 mil no país.
Finda a campanha de vacinação contra a poliomielite, as autoridades sanitárias prosseguem, neste preciso momento, ou seja, de 26 a 30 de junho, outra campanha de vacinação de cinco dias, mas desta feita, contra o surto de sarampo que assola o país nos últimos tempos.
Até ao fim do mês, estão montadas bases de atendimento para fazer face ao alargamento dessa doença que afeta a pele das crianças, provocando também febres nas mesmas.
Ibraima Sori Baldé