A secretária de Estado da Cooperação Internacional considerou hoje de positivo o balanço de quatro meses desde que assumiu o pelouro e anunciou “boas perspetivas” de cooperação bi e multilateral entre a Guiné-Bissau e os seus parceiros.
Nancy da Silva Alves Cardoso anunciou a intenção da União Europeia apoiar na construção e equipamento de três centros de saúde tipo A em três regiões do país como forma de assegurar aos turistas as condições de assistência sanitária, quando precisarem.
A governante procedia na tarde desta sexta-feira, dia 19, ao balanço de contactos estabelecidos no âmbito da Cooperação Internacional sobre diversas áreas, com destaque para os setores sociais, nomeadamente a educação e saúde.
A secretária de Estado declarou que as relações de cooperação com os parceiros bi e multilaterais nos últimos quatro meses trazem benefícios ao país.
Bolsas de estudo
No âmbito das relações bilaterais, Nancy Cardoso anunciou que a Espanha disponibilizou apoio de um milhão de dólares e algumas bolsas de estudo para o setor da educação e, ainda, algum investimento na área de saúde onde se espera para breve assinatura de acordos.
Nancy Cardoso revelou que a Venezuela também prometeu 50 bolsas de estudo para área de Medicina e este país aguarda apenas o Governo guineense, através do Ministério da Saúde Pública, para a indicação das especialidades prioritárias.
Em relação ao Brasil, disse que este país lusófono manifestou a disponibilidade de reforçar cooperação no domínio de cursos profissionais, tendo acrescentado que é esperada em Bissau uma delegação das autoridades brasileiras.
Exportação da castanha de caju
Quanto à República Popular da China, a governante disse que este Pequim identificou-se com um novo parceiro estratégico na comercialização da castanha de caju e na exploração de bauxite.
“Há um empresário turco que quer comprar 50 mil toneladas de castanha para exportar em bruto nesta primeira fase, e na segunda, haverá transformação local no sentido gerar mais emprego para os jovens”, referiu.
Vistos para Portugal
“Com Portugal atacamos resolver o problema de agendamento de documentos para a emissão de vistos. O assunto de agendamento na Embaixada de Portugal em Bissau tem sido o maior motivo de queixa, sobretudo no que se refere aos valores monetários supostamente pagos, que na verdade, os praticantes não são funcionários da embaixada”, explicou.
Disse que a emissão de vistos subiu significativamente. São cerca de 16 mil vistos é que a representação diplomática emite anualmente a partir de Bissau para Portugal.
Aliu Baldé