Retalhistas apelam intervenção do Chefe de Estado para descarga de farinha

O presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau apelou à intervenção do Chefe de Estado, no sentido de acelerar o processo de descarga do barco de farinha, que há três semanas se encontra no Porto de Bissau, porque o produto está a dar muita falta no mercado.

A preocupação de Aliu Seide foi manifestada durante o Programa “Grande Plano”, da Rádio África FM, quando falava da situação de escassez de farinha e de arroz no mercado.

Na ocasião, disse que a escassez de farinha e consequente demora no abastecimento de arroz no mercado tem vindo a constituir preocupação da sua organização. No entanto, desconhece os motivos pelos quais o barco não descargou a farinha até então.

Seide reconhece que os guineenses gostam de consumir pão diariamente, por isso, a sua organização leva muito sério a problemática de escassez de farinha no país.

Afirmou que, neste momento, há rutura desse produto no mercado, pois já se esgotou o stock que se encontrava nos armazéns, lembrando que a mercadoria tinha sido importada da Mauritânia.

Por isso, Aliu Seide pediu à Administração dos Portos para despachar o barco de farinha atracado nos cais, tendo em conta que as despesas são insuportáveis. De contrário, acrescentou, que autorize os navios para descarregarem no Senegal, na Guiné-Conacri ou na Gambia.

Disse, no entanto, que as autoridades devem facilitar a descarga de produtos alimentares, visto que são fundamentais para o sustento das famílias.

Por outro lado, desmentiu as informações postas a circular em como terá sido ele quem promoveu o aumento do preço de pão de 150 para 250 francos, violando assim o acordo afirmado entre Governo e Associação dos Padeiros. “Em consequência, a minha organização foi fortemente criticada pela população”.

Referindo-se ainda à subida de preços dos produtos de primeira necessidade, Seide afirmou que em nenhuma circunstância bloquearam a comercialização de arroz, com o propósito de aumentar o preço, isto porque é uma atitude condenada por Allah”, razão pela qual os seus associados abdicam dessa prática.

Justificou que a escassez deveu-se à demora no descarregamento do barco atracado no Porto de Bissau há dois meses.

Segundo ele, muitas acusações infundadas foram dirigidas não só aos comerciantes, como também ao Presidente Umaro Sissoco Embaló, por isso, quem de direito deve dizer a verdade sobre a real situação dos produtos da primeira necessidade no mercado.

“Agora, a atitude de conectar o nome de alguns dirigentes à situação de falta de farinha, açúcar, arroz ou de qualquer outro produto de primeira necessidade, não é correto”, sentenciou.

Julciano Baldé

 

About The Author