A Rede Nacional de Luta contra Violência Baseada no Género na Guiné-Bissau (Renluv-GC/GB) condenou hoje àquilo que considera de ato covarde de violência doméstica contra os homens.
Em comunicado de imprensa, lido na voz da presidente da direcao executiva, Aissatú Camará Injai, garante que “Ação contra Violência”(grupo das organizações femininas da sociedade civil)tem trabalhado na sensibilização, para promoção dos direitos humanos no seu todo, com ênfase nos direitos das mulheres, meninas e crianças, por serem camadas vulneráveis da sociedade guineense.
Segundo ela, estas organizações têm a missão de contribuir para prevenção, redução e combate a todos os tipos de violência que acontecem diariamente, tanto contra as mulheres quanto aos homens.
“Nós, as organizações da sociedade civil, enquanto defensores dos direitos humanos, sensibilizamos para que não haja violência. Caso acontecer violência, tanto de homem para mulher, assim como de mulher para homem, solicitamos que seja feita a justiça, como forma de desencorajar este tipo de acto. Por isso, quando soubemos do caso daquela mulher da região de Biombo que amputou o órgão genital do seu marido, acionámos o mecanismo de ir visitar a vítima como forma de solidariedade com ele e inteirar-se do seu estado clínico junto dos técnicos de saúde. Por outro lado, também visitamos a agressora, para confirmar a sua detenção e solicitarmos que seja feita a justiça”.
Aissatu Injai mostrou-se preocupada com o facto de, apesar de tanto trabalho feito pela Renluv-GC/GB e demais organizações e instituições que trabalham na temática de promoção dos direitos humanos, ainda existam muitos casos de violência nas comunidades que não são denunciados.
Aproveitou a ocasião para informar a opinião pública que denunciar os casos de violência é sinónimo de promover justiça, paz e desenvolvimento sustentável, visto que promete instituições judiciais acionarem mecanismos legais que desencorajam este tipo de comportamento no país.
A mesma responsável solicitou que seja aplicada a lei da violência doméstica no julgamento deste caso, lembrando a todos que aquele comportamento é um crime público na Guiné-Bissau.
Cadidjatu Bá (estagiária)