Pelo menos 70 ambientalistas da Rede luso, incluindo membros do Parlamento Infantil beneficiaram, na semana passada, de uma formação em matéria de educação ambiental e biodiversidade em áreas marinhas e costeiras, organizada pelos ministérios dos Transportes e das Pescas.
O curso, promovido pela Administração dos Portos da Guiné-Bissau, em parceria com a Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPE) e apoiado pela Rede Lusófona de Educação Ambiental, visou proporcionar aos beneficiários de conhecimentos em matéria ambiental.
Dirigindo-se aos participantes na sessão de encerramento, que teve lugar no dia 1 de julho, o secretário-geral do Ministério do Ambiente assegurou que a tarefa da educação ambiental é uma missão que não deve ser adiada, devido ao estado da degradação do meio ambiente no país.
Lourenço Vaz salientou que ninguém pode ficar indiferente com a degradação do meio ambiente, porque a mesma não se limita apenas aos setores florestais e pesqueiros, mas também a zona costeira que está sob forte pressão das ações humanas e naturais.
Lourenço Vaz disse que o país está perante uma situação que exige o envolvimento de todos, começando desde os mais pequenos e até aos decisores políticos para que “consigamos marcar a presença nesse processo para o bem da presente e futura geração”.
Por sua vez, o ponto focal da rede nacional disse que a preservação da biodiversidade do país passa rigorosamente pela preparação dos intervenientes.
Fernando Saldanha defendeu que para os mesmos atuarem é preciso que se saibam como agir, pelo que a formação do pessoal é indispensável.
“A formação do pessoal é importante e é o suporte para a criação de uma base para os educadores ambientais puderem atuar de forma correta e certeira”; indicou.
Por outro lado, Saldanha acrescentou que os lixos que são vazados, a qualquer forma, nas valetas não têm outro destino senão ao mar e/ou Oceano Atlântico, pondo em causa a vida marinha.
Perante essa realidade, anunciou que a sua organização vai proceder ao lançamento de uma campanha de recolha e transformação de lixo, acrescentando que a zona costeira da Guiné-Bissau é ameaçada devido à má gestão do lixo.
Finalmente, lamentou às dificuldades que a rede enfrenta, sobretudo durante essa formação, em que os participantes não tiveram, pelo menos, subsídios de transporte.
Seco Baldé Vieira