Após o recenseamento dos funcionários públicos levado a cabo pelo Governo, através do Ministério da Administração Pública, no passado dia 28 de março registou 22.318 trabalhadores ativos, antes eram de 25.522.
Só os pensionistas auferem o valor salarial que rondava em 5.431.0000.782 por mês, mas agora baixou para 4.893.667.447 francos CFA, significa isso que há uma poupança de 538.114.675 francos CFA, nessa primeira fase de apuramento dos dados do recenseamento.
Esses dados foram revelados, na semana passada, pelo ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças respetivamente Cirilo Mama Saliu Djaló e Ilídio Vieira Té na presença dos técnicos das duas instituições.
Cirilo Mama Saliu Djaló prometeu que na próxima semana vai abril possibilidades de reclamações mas apenas os que recensearam cujos nomes não estão no banco de dados. As pessoas nessas condições vão ser atendidas, mas, com comprovativos que confirmam ter sidos recenseados.
Em relação das somas apuradas como excedentárias durante esse mês, o governante, afirmou que o valor vai ser acumulado até final do ano pode ajudar robustecer o tesouro público a fim de fazer face às dificuldades sobretudo nos setores sociais, saúde e educação.
Saliu Djaló pediu os guineenses no sentido de fazerem esforços para aliviar o tesouro público, para poder ter poupança para se investir noutros setores.
O Governante assegurou que o recenseamento dos funcionários não terminou ainda e segundo ele, faltam 2.552 sargentos e soldados, na classe castrense, pessoas das Embaixadas e funcionários da Assembleia Nacional Popular.
O ministro esclareceu que o Governo chegou à conclusão que os trabalhadores do setor público devem ser recenseados, Ao seu entender, no quadro da União Económica Monetária Oeste Africano (UEMOA), nos seus Termos das Convergências em que a Guiné-Bissau tem um rácio de 21.5 funcionários por mil habitantes e no quadro dessa organização sub-regional, são admitidos apenas 7 trabalhadores por mil habitantes, “por tanto, estamos a falhar na convergência”, reconheceu.
“Mas também, a massa salarial, comparativamente com as nossas receitas fiscais, absorve 85 por cento, significa que temos apenas 15 por cento para outras despesas públicas”, disse.
No entender do Cirilo Mama Saliu Djaló, é necessário pôr cobro a essa situação e tomar algumas medidas corretivas. “O primeiro caminho para isso, temos que ter conhecimento exato do número dos funcionários públicos, que nós pagamos todos os meses e onde trabalham esses mesmos funcionários”, assegurou.
De salientar que uns dos objetivos do recenseamento dos funcionários do Estado, a criação e segurança de uma nova base de dados, que vai ficar instalada no próprio Ministério da Função Pública;
O banco de dados dos servidores do Estado vai permitir o aumento da transparência, da responsabilidade e eficiência na gestão da carreira dos funcionário públicos; A partir desse recenseamento, vai-se eliminar os nomes dos funcionários falecidos há muitos anos nas folhas dos salários; suprimir os nomes dos funcionários ausentes do país há muitos anos e por último, o Ministério da Função Pública vai ter um banco de dados harmonizado com o do Ministério das Finanças.
Fulgêncio Mendes Borges