No âmbito dos esforços do Governo para mitigar o fenômeno “criança Talibé”, sobretudo no actual contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus “COVID-19” de qual requer os esforços redobrados na proteção das crianças vulneráveis.
Neste quadro, o Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social leva a cabo hoje 23 do corrente a receção na vila fronteiriça de Cambadju do primeiro grupo de 18 crianças talibés retiradas das ruas do Senegal.
Para o efeito, a presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC), Sra. Khady Florence Correia Dabo, em representação da Ministra da tutela, está a testa de uma delegação composta pelo assessor da Ministra para a área da comunicação e pelo coordenador do comité nacional de prevenção e luta contra o tráfico de seres humanos para à citada Vila.
Este é o primeiro grupo de um total de 68 crianças talibés guineenses que serão retornadas ao país em estreita colaboração com as autoridades senegalesas, com as quais os laços foram reforçados aquando da recente visita a esse país da Ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Sra. Maria da Conceição da Silva Évora.
Após receção na fronteira, as crianças serão encaminhadas e alojadas no centro de acolhimento temporário da AMIC em Gabu, onde serão prestados os cuidados necessários para depois reintegra-las nas suas famílias.
Para além dos parceiros nacionais membros do supra citado comité, o processo de retorno e reintegração das referidas crianças conta com o apoio de parceiros internacionais, nomeadamente, o projeto de Apoio à Proteção de Crianças Vítimas de Violação dos seus direitos do Escritório Regional para a África Ocidental do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), designado projeto PAPEV, cujo coordenador nacional Sr. José António Gonçalves, acompanha a delegação nesta deslocação, bem como do UNICEF e da ONG MANI TESE e OIM.
Nesta deslocação, a presidente do IMC e o coordenador Nacional do projecto PAPEV, irão avaliar as condições das infraestruturas, de funcionamento e de prestação de cuidados às crianças dos centros de acolhimento da AMIC em Gabu e da SOS Crianças talibés em Bafatá, com o intuito de identificar os constrangimentos que eventualmente poderão ser colmatados através de apoios do referido projecto.