RDN comemora 47º aniversário

A Radiodifusão Nacional assinala hoje, 10 de setembro, o seu 47º aniversário. Por esta ocasião, o diretor-geral da estação emissora pública proferiu uma mensagem, na qual faz uma radiografia àquele órgão.

Mama Saliu Sané manifestou satisfação com o empenho e dedicação demonstrados pelos técnicos da casa, lembrando que os desafios são grandes, a luta é permanente, mas “a dinâmica e o compromisso profissional” dos cidadãos que compõem a RDN estão a dar conta e responder com eficácia, “superando todos os problemas” que vão aparecendo.  

O DG disse que à RDN confronta-se o desafio de acompanhar com a evolução tecnológica para poder jogar como meio importante no desenvolvimento, com participação das comunidades e trazer para o debate os assuntos que mais interessam à sociedade.

Por outro lado, aquele responsável recordou que apesar de a independência unilateral do país ter sido declarada em 24 de setembro de 1973, só foi reconhecida por Portugal a 10 de setembro de 1974, que deu início à RDN.

“Foi assim que a data entrou na história de povos português e guineense, quando no Palácio de Belém o general Spínola assinava o reconhecimento à independência da Guiné-Bissau. Em consequência, a RDN assentou raízes como a única voz sonante da comunicação do país”, declarou, tendo adiantado que, o tal reconhecimento representou a fusão da emissora oficial da Guiné Portuguesa e da Rádio Libertação para dar origem à Rádio Bissau que, 1975 tornou-se na Radiodifusão Nacional da Guiné-Bissau.

Desde então, continuou, a RDN desfila-se com jornalistas idóneos e de capacidade, mas o “regime monopartidarista e a governação musculada”, na altura, constituíam de baliza limitadora à liberdade de imprensa.

Na sua mensagem, Saliu Sané referiu que até à abertura democrática e a realização das primeiras eleições multipartidárias, em 1994, os órgãos de comunicação social existentes no país eram controlados pelo governo e concomitantemente pelo partido único, no poder, o PAIGC. Disse que os jornalistas que não defendiam o poder, não serviam nem aceitavam as suas imposições eram perseguidos e, por vezes presos. Acusou o então regime de escolher os profissionais, segundo critérios de militância partidária e de confiança política, em detrimento de qualidade.

Lembrou ainda que a primeira rádio privada, a Galáxia de Pindjiguiti, só viria surgir em 1995, com o país já na senda democrática, abrindo assim caminho ao aparecimento de mais estações emissoras, ocupando o vazio deixado pelos órgãos públicos de comunicação social.   

Ibraima Sori Baldé

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