A Primeira-dama do Quénia, Rachel Ruto, ofereceu hoje, dia 5 de abril, 10 mil dólares ao Hospital Nacional Simão Mendes e o mesmo montante também para a Aldeia de crianças SOS da Guiné-Bissau.
Os donativos vêm na sequência de uma visita que Rachel Ruto efetuou esta manhã às duas instituições, no âmbito da deslocação a Bissau do Chefe de Estado queniano, de 4 a 6 do corrente mês.
Nesta sua deslocação, a Primeira-dama visitou os serviços de Pediatria e de Maternidade do maior centro hospitalar do país, tendo sido recebido pelo ministro da Saúde, acompanhado do secretário de Estado da Gestão Hospitalar.
Após percorrer as dependências daqueles serviços, Rachel Ruto enalteceu os esforços do governo na área sanitária, referindo que cuidar da saúde do povo é assegurar o futuro de uma nação. Ela espera reforço de relações entre o Quénia e a Guiné-Bissau.
E, “na qualidade de uma mãe”, deixou um donativo de 10 mil dólares ao hospital, tendo o cheque sido entregue ao ministro da Saúde, Domingos Malu que, de imediato, o entregou ao secretário de Estado da Gestão Hospitalar. Por sua vez, Abasse Embaló passou o dom aos responsáveis da instituição.
No entanto, a visitante manifestou satisfação pela receção que ela e o marido foram alvos no país, “por um povo hospitaleiro, uma nação saudável e próspera”.
O ministro da Saúde Pública, Domingos Malu, agradeceu o gesto da Primeira-dama, referindo que não é por acaso que escolheu o hospital, mas porque percebe que é ali que começa a vida, o que demonstra a vontade de dar atenção à Guiné-Bissau a partir donde nasce o homem para servir o país.
Maior recurso de um país
Já na Aldeia SOS, a Primeira-dama afirmou que o maior recurso que um país dispõe são as crianças, pois elas crescem, tornam-se jovens e depois adultos e futuros da nação.
Parafraseando Nélson Mandela, Rachel Ruto referiu que a educação permite que pessoas de diferentes faixas sociais possam sentar-se à mesa e trabalhar juntos. Por isso, encorajou às crianças a trabalharem duro, porque um dia serão homens capazes de ocupar altos cargos no país, como diretores, ministros e outros.
A Primeira-dama disse que a SOS também existe no Quénia, pelo que está familiarizada com a sua situação.
Igualmente, falou na possibilidade de Bissau e Nairobi continuarem a trocar impressões para uma parceria. Aliás, indicou que uma das questões que esteve a discutir com a secretária de Estado do Plano e Integração Regional, Fatumata Jau, que a acompanhou nessas visitas, é a questão de empoderramento económico da mulher, para ajudar às famílias.
Parceria com SOS
À chegada à aldeia, a Primeira-dama foi recebida pelo ministro da Educação Nacional, Ensino Superior r Investigação Cientifica.
Heri Mané aproveitou o ensejo para declarar que a SOS tem estado a apoiar o governo de forma relevante, não só em Bissau, mas também em Gabu e Canchungo.
“Portanto, a escolha desta instituição para a visita da Primeira-dama é uma honra para o ministério e demonstra um trabalho bem feito”, considerou, adiantando que essa visita trará também mais responsabilidades para aqueles que dirigem a SOS Guiné-Bissau.
Cuidar de 373 crianças e jovens
O diretor da Aldeia SOS também agradeceu a presença da Primeira-dama queniana nas suas instalações, a quem informou que, neste momento, a instituição cuida de mais de 373 crianças e jovens nos seus três centros, nomeadamente em Bissau, Gabu e Canchungo.
Elber Eugénio Carlos Nosoline adiantou que, atualmente, a SOS trabalha três aspetos para o apoio dos mais vulneráveis na Guiné-Bissau: as crianças órfãs sem cuidados parentais; crianças que estão em risco de perder cuidados paternais; apoio aos jovens sem emprego.
Nesse sentindo, fez saber que a SOS tem o único liceu politécnico do país a formar jovens para o mercado de trabalho.
Falou do projeto interno, intitulado “Fortalecimento Familiar”, que consiste em apoiar crianças vulneráveis no seio da própria família, pagando escola, saúde e outras necessidades.
Ibraima Sori Baldé