O Presidente da República alertou, durante a sua intervenção, no dia 7 de março, no âmbito da 5ª Conferência das Nações Unidas sobre Países Menos Avançados, que um grupo de países africanos correm riscos de não alcançar as metas preconizadas para o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, particularmente vulneráveis e em condições muito difíceis de resiliência a choques externos e adaptação às mudanças climáticas. A conferência decorre em Doha, de 4 a 9 deste mês.
Nesta perspetiva, Umaro Sissoco Embaló defendeu a necessidade da 5ª. Conferência proceder a uma avaliação abrangente do Programa de Acão de Istanbul e reafirmar compromissos coletivos para a implementação bem-sucedida do Programa de Acão de Doha.
“Creio que muitos tiveram acesso ao relatório final de implementação do Programa de Acão de Istanbul na República da Guiné-Bissau (2011-2020). No cômputo global, estima-se um nível de implementação bastante satisfatório. Não obstante os grandes desafios com os quais nos confrontamos, mas apostamos firmemente na boa governação, fundada no estado de direito democrático, na prestação de contas e na luta contra a corrupção”, manifestou Umaro Sissoco Embaló.
O Chefe de Estado disse que o seu país registou alguns progressos, graças à algumas medidas, nomeadamente: o Plano Nacional de Investimento Agrícola para alcançar a Segurança Alimentar e Nutricional (2018-2030) e a Estratégia Nacional de Redução da Pobreza, com destaque para os setores da educação, saúde, igualdade do género, erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais.
Acrescentou que as principais bases foram estabelecidas para alavancar a economia nacional, com impacto direto na criação de empregos, destinados sobretudo aos jovens e às mulheres. Sissoco Embaló reconheceu que registou-se também importantes avanços no que concerne à circulação de capitais, serviços e investimentos nos setores sociais, no âmbito da realização das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Embaló afirmou que. com a restauração da paz e estabilidade política na Guiné-Bissau, o país esta melhor habilitado para a realização do Plano de Acão de Doha, bem como da Agenda 2030 das Nações Unidas e da Agenda 2063 da União Africana, apesar de uma conjuntura internacional difícil e dos constrangimentos financeiros provocados pela subida dos preços dos bens alimentares essenciais e produtos petrolíferos no mercado internacional, devido à guerra na Ucrânia.
“Os países Menos Avançados foram também fortemente impactados pela pandemia da COVID-19 e continuam a confrontar-se com os efeitos nefastos da Mudança Climática e desastres naturais de grande envergadura e cada vez mais recorrentes”, alertou o Presidente da República.
Umaro Sissoco Embaló concluiu que a hora é de ação, por isso, espera que saiam desta conferência decisões e compromissos que permitam atender as necessidades específicas dos Países Menos Avançados e sua melhor inclusão na economia global, o que permitirá uma maior contribuição destas nações na construção de um mundo de paz e de felicidade para todos.
Seco Baldé Vieira, enviado especial a Doha