Termina hoje a visita de Estado de três dias que o Presidente da República vem efetuando a Portugal, desde dia 24 de outubro. A chegada, foi recebido pelo seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa e, posteriormente, pelo Primeiro-ministro, António Costa.
Em declarações à imprensa, o Chefe de Estado guineense defendeu a necessidade de construir um alicerce para reforçar as relações de amizade e de cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal, que visa a promoção do progresso interno.
“Estou a construir um alicerce para reforçar a cooperação entre os dois países, porque amanhã posso não continuar no poder, mas espero que esta dinâmica de construir uma relação forte com Portugal tenha continuidade, uma vez que é de extrema importância”, disse Embaló
Segundo suas palavras, a Guiné-Bissau e Portugal têm uma história comum, razão pela qual “tenho priorizado o reforço de cooperação com esse país europeu ao longo do meu mandato”.
Embaló afirmou que conseguiu recolocar o seu país no concerto das nações, o que considera de muito positivo para o povo guineense.
Na sua opinião, pode existir países pequenos do ponto de vista do território, mas não há Estado pequeno. Para ele, o fundamental é a estabilidade política e governativa, para poder estar à altura de manifestar a sua autonomia como tal.
Condecoração
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, agradeceu ao Estado português pala sua condecoração com a Medalha de Grande Ordem do Infante Dom Henrique, a mais alta distinção desse país, gesto que considerou de reconhecimento do Estado da Guiné-Bissau e do seu povo.
Porém, o Presidente guineense destacou a dinâmica diplomática que tem imprimido, no sentido de dar maior visibilidade ao país, tendo manifestado a ambição de presidir a União Africana (UA), depois de dois anos de liderança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Por seu lado, o Presidente português elogiou os esforços empreendidos pelo estadista guineense no processo de estabilização da Guiné-Bissau, assim como na consolidação e estabelecimento de laços de cooperação com vários países do mundo.
Para a celebração dos 50 anos da independência do país, a ter lugar no dia 16 de novembro, Dia das Forças Armadas, o Chefe de Estado português e o Primeiro-ministro já confirmaram suas presenças nas comemorações.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se com a decisão unânime, em agosto passado, na cimeira da CPLP que teve lugar em São Tomé e Príncipe, de confiar a presidência da organização lusófona à Guiné-Bissau, que vai coincidir com o seu 30º aniversário.
Entretanto, nessa sua visita a Portugal, Umaro Sissoco Embaló manteve encontros com o secretário Executivo da CPLP e diferentes instituições públicas e privadas. Igualmente, efetuou visita à Igreja do Mosteiro dos Jerónimos e deposição de coroa de flores no Túmulo de Luís Vaz de Camões.
De salientar que Umaro Sissoco Embaló foi o primeiro Presidente guineense a efetuar visita de Estado a Portugal, oportunidade que ocorreu 50 anos após a independência do país, proclamada a 24 de setembro de 1973.
A Redação