A Juventude Democrática Apuana (Juda) celebrou, ontem, dia 19, o seu nono aniversário, sob o lema “Por uma democratização política profunda da Guiné-Bissau”, cujo ponto alto foi a realização de uma palestra, que juntou estruturas vindas de todo o país.
Falando na abertura do encontro, o vice-presidente da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) incentivou aos aniversariantes, na qualidade de jovens e herdeiros das “conquistas” dos seus fundadores, como é o caso do “líder imortal” Koumba Yalá, para a necessidade de discutir e aprofundar a democracia no país.
Mas Augusto Gomes advertiu que não é fácil herdar Koumba Yalá, pois isso exige ter a capacidade de entrega, tolerância, coabitação, fidelidade e, sobretudo, estudar, valorizar e inovar os conhecimentos, para se poder estar à altura dos desafios atuais.
Na sua opinião, a juventude precisa assumir a perspetiva transformadora da sociedade guineense e a sua responsabilidade de ser a maioria da população e de operar mudanças positivas na vida política e social do país na era democrática. “Mas na Guiné-Bissau, parece que a juventude não está a explorar o seu potencial de maioria e decidir as referidas modificações”.
Lembrou que a APU-PDGB completa 10 anos em 30 de novembro próximo e espera que o período coincida com a realização das eleições legislativas e o presente do aniversário seja a conquista eleitoral. “Quando completámos cinco anos, conseguimos cinco deputados. Quando completarmos 10 anos, vamos ganhar eleições legislativas na Guiné-Bissau”, afiançou.
O presidente da Juda, organização da juventude da APU-PDGB, por seu lado, indicou que a convicção da sua organização no plano interno é de contribuir para a profunda democratização, estabilidade política e governativa, semear a semente da paz, concórdia nacional e de aceitação mútua entre os guineenses.
Caustar Dafá aconselhou para o dever de todos trabalharem “de mãos dadas, sem ódio nem ressentimento”, para fazer da Guiné-Bissau um lugar cada vez melhor para viver.
Adiantou que é desta forma que se pode honrar, com êxito, a memoria “daqueles que sacrificaram as suas vidas”, para que possamos “ter hoje uma nacionalidade e um país livre”. “E esta Guiné-Bissau pode ser considerada grande, quando os seus habitantes se unem em torno de grandes objetivos para fortalecimento da sua família, da sua gente e do seu povo”, referiu.
No entanto, o líder da Juda considera que a defesa e, sobretudo, o reforço dos valores qualitativos da democracia guineense, só poderão ser possível com a mudança da mentalidade política.
Ibraima Sori Baldé