O presidente da Associação dos Filhos de Boé solicitou, recentemente, o apoio do Chefe de Estado, no sentido de alocar pessoal médico e medicamentos nos hospitais ou centros de saúde da zona e, igualmente, encontrar formas de colocar meios de transporte (sobretudo jangada) capazes de facilitar a ligação entre as duas margens do rio.
Mamadu Bente Djaló falava em entrevista exclusiva ao Nô Pintcha, tendorevelado que durante a trajetória de capital para Boé, o passageiro é obrigado a pagar duas vezes valores exorbitantes, porque de Bissau a Tchétche (na travessia do rio) tem um transporte próprio e de lá até Boé também um outro.
“Para atravessar o rio de canoa custa 1500 francos CFA e de lá para Lugadjol a pessoa é obrigada a pagar aproximadamente 2000 francos. Feitas as contas, Gabu\ lugadjol custa 3500 de CFA”, explicou Bente Djaló.
Questionado sobre a possibilidade de retirar a jangada dentro do rio, aquele responsável associativo demonstrou que a sua organização está à espera da contribuição do Governo Central, não obstante, o esforço empreendido pela referida associação com a colocação de tanques para tentar retirar a jangada do interior do rio.
Quanto à evacuação de castanha de caju de Boé para Gabu, o jovem esclareceu que o processo de transporte de castanha de caju está a ser assegurado única e exclusivamente por uma piroga de duas toneladas colocada na travessia de Tchétche, no Rio Corubal.
“Devido à escassez de transporte, os viajantes são obrigados a pagar 500 francos CFA para atravessar o rio e, em resultado desse entrave, um doente morreu recentemente alí, por causa da falta de um meio rápido”, lamentou.
Julciano Baldé