No âmbito do projeto do Apoio ao Ciclo Eleitoral 2023-2025, o Governo através do Ministério da Administração Territorial e Poder Local, recebeu ontem, do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento, um leque de materiais eleitorais, orçados em cerca de 600 milhões de francos CFA. Trata-se de cabines de votação, selos para urnas, canetas marcadores e tintas indelével.
O ato contou com a presença do ministro da Administração Territorial e Poder Local, Fernando Gomes, representante adjunto do PNUD, Levy dos Santos, Corpo Diplomático acreditado no país e de delegados dos partidos políticos.
Ao presidir a cerimónia da entrega, ministro da Administração Territorial e Poder Local afirmou que a data de 4 de junho é inadiável e vai ser cumprida, razão pela qual, o executivo fará todas as diligências para sua concretização.
Fernando Gomes apelou aos parceiros que comprometeram apoiar o processo eleitoral, no sentido de o fazerem o quanto antes, a fim de colmatar as lacunas ainda existentes.
Gomes apelou, igualmente, aos partidos políticos concorrentes ao pleito eleitoral à moderarem discursos concentrando-se apenas na divulgação dos seus programas.
O governante aproveitou à ocasião para, em nome do Governo, agradecer a colaboração e apoio que o país tem vindo a receber dos parceiros da cooperação e particularmente do PNUD.
Por sua vez, o representante do PNUD disse que num período recorde a sua organização conseguiu elaborar o documento do projeto para mobilização de recursos, incluindo um plano de trabalho e um orçamento.
O diplomata afirmou que num contexto de fraca mobilização de recursos, para não comprometer a data 4 de junho, o PNUD já avançou com cerca de 100 mil dólares dos fundos do seu programa em cerca de 600 milhões de francos CFA, destinado a aquisição de cabines de votação, selos para urnas, canetas marcadores e tintas indelével.
“Esses materiais foram adquiridos no âmbito do Projeto de Apoio ao Ciclo Eleitoral 2023-2025, para qual foi constituído um cabaz de fundos denominado “Basket Found”, como mecanismo de gestão de fundos de parceiros/doadores para as eleições legislativas de 4 de junho gerido pelo PNUD”, explicou José Levy.
Levy demonstrou que as respostas dos parceiros ao referido cabaz de fundos está sendo lenta, por isso apresenta um gap de três milhões de dólares.
“Temos tido promessas de alguns doadores tradicionais e não tradicionais que apoiam o processo eleitoral guineense nomeadamente União Europeia, Portugal, Brasil, Espanha, Itália, Estados Unidos de América, Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA) e Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental (CEDEAO)”, informou.
Na sua curta intervenção, o presidente interino da Comissão Nacional das Eleições (CNE) reconheceu que essa cerimónia vem reforçar mais do que nunca, a tradicional relação de cooperação e de amizade entre Guiné-Bissau e os parceiros.
M´pami Cabi manifestou satisfação, motivação e gratidão aos parceiros, por intermédio de PNUD, na qualidade de gestor de “Basket Found” e parceiro tradicional da CNE, na mobilização de recursos técnicos, financeiro e materiais para prossecução dos fins eleitorais e não só.
Cabi garantiu que os materiais recebidos constituem um balão de oxigénio, para colmatar as insuficiências registadas e garantir o sucesso das eleições legislativas de 4 de junho.
“A verdade é mais do que evidente, em como as mangas já estão arregaçadas e de que as ações da CNE paulatinamente serão justificadas pelos êxitos, resultantes de um trabalho árduo”, prometeu.
Julciano Baldé