O impedimento de acesso à campa de Amílcar Cabral marca o ponto forte das comemorações de 20 de Janeiro, para assinalar quinquagésimo primeiro aniversário do assassinato do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana.
O PAIGC e os dirigentes consideram indelével a história da luta de libertação nacional.
“Estamos a celebrar o 51° aniversário do assassinato de Amílcar Cabral, é uma data especial para a Guiné-Bissau, África e o mundo. Igualmente se assinala precisamente, 2024, o centenário do nosso líder imortal”, considerou Geraldo Martins, o primeiro vice-presidente do PAIGC.
Segundo ele, o assinalar das datas da morte e do centenário de Cabral são de grande significado para o partido, pois ele foi um revolucionário panafricanista de dimensão internacional.
Martins disse que a efeméride serviu também para homenagear os companheiros da luta que tiveram uma “extraordinária contribuição”, que infelizmente foi curta.
Geraldo Martins honrou a memória dos combatentes que tombaram na luta pela independência sem, no entanto, esquecer os que se encontram de vida.
Questionado porquê que não depositaram coroas de flores na campa de Amílcar Cabral, no Mausoléu d’Amura, como de costume, Martins disse que foram ao local mas tiveram impedimento que veio da “ordem superior”.
“Em alternativa a esse impedimento, transferimos as nossas atividades para onde se encontra o bust de Amílcar Cabral, justamente na avenida do mesmo nome. Para nós o mais importante era a realização das comemorações.
“Amílcar Cabral é celebrado hoje, 20 de janeiro, em todo o mundo e se no seu próprio país se registar tentativas de impedir homenagear Cabral, simplesmente isso nos deixa tristes com esse tipo de pensamento”, concluiu Geraldo Martins.
O líder da União para Mudança (UM), Agnelo Regalla, que é um dos membros integrantes do acordo que suporta a coligação PAI-Terra Ranka, considerou que há tentativa de apagar a história da luta de libertação nacional e, a seu ver, o marco da independência é indelével.
Adelina de Barros