O vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Califa Seidi, anunciou, na tarde desta sexta-feira, na ilha de Komo, de que está em curso a criação de uma congregação política a denominar “Frente Comum para a Salvação da Democracia na Guiné-Bissau”, que vai juntar os principais partidos para fazer face à atual situação política do país.
O dirigente do PAIGC falava à população de Komo na abertura da cerimónia de um conjunto de atividades, no âmbito da comemoração do Centenário de Amílcar Cabral, que está a ser assinalado com os acontecimentos históricos da Guiné-Bissau, que coincide neste momento com os 60 anos depois da memorável Batalha de Komo.
O político disse que a referida plataforma tem quatro objetivos básicos, sendo que a reabertura imediata, de forma incondicional e o funcionamento pleno da ANP é a primeira exigência do grupo.
O segundo ponto exigirá apenas a realização das eleições presidenciais ainda este ano, e não as legislativas.
“Últimas legislativas de 4 de junho de 2023 ainda contam para os partidos políticos, porque o Parlamento não está dissolvido, apenas ilegalmente bloqueado por forças de ordem”, acrescentou, referindo-se ao segundo objetivo.
Uma das outras exigências do coletivo dos partidos democráticos irá centrar-se em exigir eleição do novo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
Finalmente, o quarto ponto prevê a escolha do novo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), entidade que Seidi considerou caduca, do ponto de vista legal.
Na opinião de Califa Seidi, atualmente funciona no país, de forma legal, apenas um órgão de soberania.
O dirigente do PAIGC afirmou que há intenção de fazer esquecer as histórias do país pelo facto de arcos históricos estarem ligados aos libertadores.
“Doa a quem doer, vamos reavivar tudo que tem a ver com as histórias da Guiné-Bissau e do seu povo. Os combatentes morreram mas as suas obras não podem ser mortas por quem quer que seja”, rematou.
Aliu Baldé