O Sistema das Nações Unidas no país vai organizar, no dia 18 do mês em curso, uma ação de capacitação sobre direitos humanos, prevenção do incitamento à violência e ao ódio no contexto das eleições, destinado aos profissionais da comunicação social.
A formação foi organizada pelo Gabinete do Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas, o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, contando assim com a colaboração do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
De acordo com um documento que Nô Pintcha teve acesso essa sessão de formação visa habilitar e desenvolver a capacidade técnica dos jornalistas sobre às questões de direitos humanos que surgem em contextos eleitorais, combate ao incitamento à violência e discurso do ódio.
Ainda essas organizações querem que esse encontro com os homens de imprensa incentive o respeito à ética e a comunicar com imparcialidade, respeitando os direitos humanos, visando assim criar um ambiente propício ao normal desenrolar das eleições.
O documento mostra que o papel dos jornalistas torna-se ainda mais importante, uma vez que fazem cobertura das campanhas eleitorais, fornecem informações sobre os candidatos e os partidos, transmitem as agendas políticas, ouvem e investigam os factos das declarações dos candidatos políticos e denunciam possíveis fraudes e violações eleitorais ao público eleitor.
Relata ainda que, com o desenvolvimento de tecnologias de informação e o fácil acesso às redes sociais tem havido um aumento de desinformações, registando também um aumento da produção e da propagação de incitamento à violência e ao discurso de ódio.
Esses fenómenos, segundo os organizadores da iniciativa, têm conduzido às situações de desrespeito pelos direitos humanos, prejudicando à unidade nacional e a paz social.
Segundo Sistema das Nações Unidas, essa situação tem um impacto negativo na estabilidade, justiça e no desenvolvimento do país, pois tem havido uma grande exploração política deste fenómeno.
Para que as eleições sejam livres e justas, o com a mesma nota da ONU, é imperativo que a população possa fazer escolhas livres e informadas e que os princípios básicos dos direitos humanos, tais como o respeito pelos direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais sejam respeitados, e que a liberdade de expressão base para o trabalho dos jornalistas seja sempre parte essencial de qualquer processo eleitoral.
Alfredo Saminanco