Mais de 253 biliões de francos CFA é o montante calculado pelo Governo liderado por Nuno Gomes Nabiam para suportar o seu desempenho durante o ano económico 2021. O valor consta no resumo do Orçamento Geral do Estado entregue no dia 24 de novembro ao presidente da ANP.
A Assembleia Nacional Popular é o órgão legislativo responsável pela análise, discussão e aprovação ou não do Orçamento Geral do Estado, de acordo com as demais leis do país.
Após a formalização do processo, o primeiro-ministro afirmou que o documento para o ano económico 2021 está avaliado em mais de 253 biliões de francos CFA, embora tenha admitido que o valor não é o desejado pelo Governo, em relação aos investimentos projetados, mas foi o possível devido às restrições impostas pelo surgimento do novo coronavírus.
Nuno Gomes Nabiam lamentou a situação de calamidade mundial que deixou quase todos os parceiros tradicionais da Guiné-Bissau em situação de alerta.
“Este orçamento é o máximo que conseguimos atingir em relação à atual realidade, pelo que vamos tentar geri-lo da melhor forma possível para que possa corresponder ao projetado”, garantiu o chefe do Governo.
Relativamente à prioridade na afetação de verbas, Nuno Nabiam esclareceu que o documento deu mais atenção ao setor social, nomeadamente saúde, educação e infraestruturação.
Questionado se está otimista na aprovação do documento ora entregue à ANP, o primeiro-ministro foi perentório em afirmar que não é uma questão de estar ou não otimista, o problema é que todos os atores envolvidos no processo têm interesse em ver o país avançar.
Acrescentou que está convicto que todos os partidos representados no parlamento têm interesse em ver aprovado um orçamento capaz de convencer os parceiros, porque o mesmo reflete apenas factos reais que naturalmente serão objeto de debates e esclarecimentos.
O primeiro-ministro acrescentou que toda a gente, sobretudo os políticos, está interessada em ver o orçamento do ano económico 2021 aprovado pelos deputados da Nação, pelo que disse estar convicto que os deputados serão mais uma vez exemplares e fiéis à pátria.
Nabiam rejeita demissão de Mandinga
O primeiro-ministro disse e cito: “Eu, enquanto primeiro-ministro, não aceitei o pedido de demissão do ministro da Economia, aliás, foi uma decisão do próprio, mas como sabem, ele é uma peça fundamental no Governo. Foi por isso que não aceitei o seu pedido e estou a gerir a situação para poder convencê-lo a reconsiderar a sua posição”, afiançou.
Por outro lado, o chefe do Governo anunciou ter entregado ao presidente da ANP um documento específico sobre o investimento estrangeiro no país para efeitos da aprovação. O documento coloca ênfase em questões de segurança e garantia aos investidores estrangeiros, pelo que se pediu para que seja agendada como primeiro ponto, a fim de permitir que o Governo possa iniciar as negociações com os parceiros.
Texto: Seco Baldé Vieira