O Que acha da subida do preço de produtos da primeira necessidade?

Nos últimos tempos tem registado a subida do preço de produtos da primeira necessidade nos mercados de país, devido à aplicação de alguns impostos e taxas aos funcionários públicos, comerciantes e consumidores de luz elétrica respetivamente. Sobre o tema “Nô Pintcha” registou algumas opiniões׃

Ivanildo Mendes – cidadão comum

Penso que, a iniciativa do executivo é bem vinda e é de louvar, pois, enquanto administrador do país cabe unicamente a ele (o Governo) criar impostos quando entender pertinente e não devemos opôr-se dessa decisão.

Na verdade não se registou nenhum aumento relativo ao salário dos funcionários públicos, não obstante, as exigências da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG).

Agora, não deve suscitar tanto alarme, embora os impostos, sem sombra de dúvida, acarretam um encargo enorme à todos os funcionários, mas o procedimento de introdução do imposto em questão foi legal, porque foi aprovado pelos deputados. Agora, cabe ao povo exigir explicações aos seus representantes no parlamento. 

Portanto, a subida dos preços de produtos da primeira necessidade é resultado de aumentos das taxas alfandegarias e das contribuições e impostos.    

Odete Cá – consumidora

Para ser sincera, não vejo vantagem nenhuma desta decisão do Governo, uma vez que não se sabe ao certo qual é a sua pretensão, em relação à introdução de impostos da democracia e da taxa  audiovisual. Porque, na verdade, não pensaram na classe trabalhadora. Isto porque o salário mínimo bruto na Função Pública é de 50.000 francos CFA.

Hoje em dia, em resultado da medida do Governo, todo produto alimentar subiu drasticamente, provas disso, é o facto de óleo de cozinha, cebola, caldo de galinha, que custavam, respetivamente, 25 e 50 francos CFA,  hoje oscila entre 100 e 150 francos.

Por isso, não estou contra aplicação da taxa audiovisual, porque é destinado ao Setor da Comunicação Social, e todos nós assistimos condições difíceis em que trabalham os profissionais da imprensa. Todavia, o imposto da democracia, acho que não foi uma decisão acertada. 

Alassana Baldé – comerciante

Quanto a mim, é verdade que não estou em posição de criticar a decisão, pois o Governo, sendo pessoa de bem, sabe como administrar o país, e quando agravar alguns imposto, enquanto comerciante, só tenho de cumprir a decisão governamental.

Agora, não constitui segredo para ninguém que o comércio é coroado de dinâmica incrível, isto porque qualquer aumento feito nas Alfândegas, significa esse produto depois de sair sofrerá aumento substancial para o consumidor final.

Nesse sentido,  somos obrigados a aplicar certos acréscimos, uma pequena margem de lucros para podermos sobreviver nos produtos alimentares tais como sacos de açúcar, cartões de óleo, sabão, massa alimentar, arroz, entre outros. Esses produtos sofreram aumentos ligeiros. E quando é assim, não temos saídas senão aumentar um pouco a margem de lucro.

Aliu Silá – Importador de refrigerante   

Não sou contra a decisão do Executivo, antes pelo contrário. Estarei sempre disposto para colaborar, mas, na verdade, a implementação do imposto constitui um fardo muito pesado para os funcionários públicos.

Nós, enquanto importadores, temos empregados jovens no sentido de combater a falta de emprego juvenil que se verifica no país. Por isso, o aumento das despesas com as Alfândegas, Turismo, Finanças e outras instituições, lamentavelmente vão nos obrigar infelizmente a redução dos trabalhadores, porque não estaremos em condições de aguentar.

Isto, tendo em conta a fraca poder de compra verificada desde a realização de tais descontos salvo no aproximar do primeiro de maio.

Este facto, em dúvidas, prejudicará um número significativo de famílias guineenses, por isso, faria sentido que o Executivo encontre forma maleável de cuidar deste assunto, dada a sua importância.

Julciano Baldé

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