Um curso profissional de jornalismo foi lançado na passada terça-feira, dia 6 de outubro, em Bissau, sob iniciativa da ONG Ação para o Desenvolvimento (AD), através da sua Escola de Artes e Ofícios e do Consórcio Media, Inovação da Comunicação Social, que contou com o apoio do Fundo para a Construção da Paz do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O curso está estruturado em 31 módulos teóricos e práticos, combinados com estágios científicos aos formandos, nos diferentes órgãos de Comunicação Social, dispõe de laboratórios de rádio e televisão com estúdios já instalados e terá um parque gráfico de impressão de jornal e cartazes com máquina tipográfica tipo offset. Até este momento estão inscritos 33 candidatos para o curso, dos quais 15 raparigas e 18 rapazes dentre os 40 alunos previstos para o seu início. No total dos formandos, 15 já exercem a profissão em diferentes órgãos e 18 estão à procura do primeiro emprego.
O ato de abertura do curso foi presidido pelo secretário-geral da Secretaria de Estado da Comunicação Social, Mamadu Sanó, na presença do diretor da ONG AD, da representante do presidente do Consórcio Media, Invoação da Comunicação Social (CMICS), dos representantes do PNUD e do UNIOGBIS.
Na cerimónia de lançamento do curso, o secretário-geral da Secretaria de Estado da Comunicação Social louvou a iniciativa, aplaudiu às entidades que apoiam direta e indiretamente a formação dos novos jornalistas e encorajou os alunos no sentido de se empenharem em adquirir uma boa formação.
Mamadu Sanó aconselhou os formandos no sentido de se dedicarem na dignificação da profissão de jornalista, respeitando a ética profissional o que, futuramente, irá ajudar um bom exercício do jornalismo.
Sanó disse que o Governo tenta garantir informação para toda a população do país com qualidade e isenção. Por outro lado, aconselhou as instituições responsáveis a dotarem os profissionais do setor de meios materiais e financeiros para que possam desempenhar bem as suas funções.
Sublinhou, ainda, que o curso ora lançado foi concebido em moldes da nova era da comunicação e informação, facto que demonstra que os novos alunos têm ferramentas para aperfeiçoarem melhor o conhecimento jornalístico.
Na sua intervenção, o diretor da ONG AD, Jorge Camilo Handem, realçou que o curso ora lançado tem como objetivo formar profissionais com competência a nível da redação jornalística, sendo preparados para desenvolver tarefas de locução nos meios radiofónicos e televisivos, de apresentar programas na rádio e na televisão, produzir notícias, reportagens, crónicas, entrevistas e outros géneros que suportam o formato dos textos jornalísticos.
Por sua vez, a representante do Consórcio Media, Inovação da Comunicação Social, Fátima Tchumá Camará, sublinhou que o objetivo do lançamento do novo curso de jornalismo é dotar os profissionais e os pretendentes ao exercício da profissão com um conjunto de competências essenciais a nível do saber e saber fazer para o exercício profissional com espírito de isenção e de independência.
Júlia Alhinho acrescentou ainda que, neste quadro, o financiamento do projeto foi estendido também às cinco rádios comunitárias do país para instalarem painéis solares, dando-as a possibilidade de reduzir os gastos com a energia elétrica.
No seguimento desta linha de ação, foi dado um apoio institucional à Rádio Mulheres de Bafatá para a produção de conteúdos em jornalismo de investigação e outro apoio para o trabalho de revisão do quadro legal do setor dos media, avançado pela tutela da Comunicação Social, a criação da carteira profissional do jornalista que poderá ser aprovada em Conselho de Ministros.
Oxalá os novos jornalistas sejam capazes de assimilar bons conhecimentos jornalísticos e exercem a profissão para o bem do país.
Texto e fotos: Bacar Baldé