A representante cessante do Unicef congratulou-se com o aumento do número das escolas primárias e progressos alcançados no registo de nascimento de crianças menores de 12 anos (passando de 11 para 36 por cento), atividades essas que aponta como algumas das principais realizações do organismo no país, nos últimos dois anos.
Em conferência de imprensa, dada ontem, e que marca o fim da sua missão de dois anos à Guiné-Bissau, Nadine Perrault indicou também o inquérito lançado em 2020 e com duração de cinco anos sobre a situação de crianças, recolhendo “informações frescas” sobre a conjuntura de infância no país.
Segundo ela, há também alguns aspetos preocupantes, tais como o aumento do casamento precoce e da mutilação genital feminina; pouca mudança de atitudes na sociedade guineense em relação à violência contra a mulher e criança; diminuição da vacinação dos menores de cinco anos, sendo um fator que pode salvar vidas nessa camada; bem como a falta de progressos em matéria de nutrição.
Nadine Perrault reconheceu que a pandemia de covid-19 mudou toda a situação no mundo, provocando o fecho de muitos serviços , pelo que não foi possível cumprir toda a missão programada para o país.
Mesmo assim, manifestou-se muito satisfeita com as acões do Unicef nesses dois anos, pois a organização conseguiu intervir positivamente em diferentes setores, ajudando a mudar a situação das crianças para o melhor.
Na hora de adeus, Nadine apelou à população guineense a vacinar, por ser uma solução à covid-19, lembrando que a Guiné-Bissau respondeu positivamente as primeiras duas vagas da pandemia.
Ibraima Sori Baldé
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